Uma em cada quatro pessoas está inadimplente na cidade de São Paulo, é o que revela um estudo inédito da Serasa Experian. Cada CPF paulistano negativado tem, em média, 3,2 dívidas em atraso, e deve em média R$ 5.310,00. Para este estudo, foram avaliadas as dívidas atrasadas há mais de 90 dias e com valores acima de R$ 200,00 de quase 11 milhões de pessoas.
Entre as regiões mais inadimplentes, a Zona Leste lidera, com 26,9% dos moradores negativados. A quantidade média de dívidas em atraso por habitante desta região é de 3,3, sendo que cada morador da Zona Leste deve em média R$ 5.053,00. Em seguida, a Zona Norte, com 26,1% dos moradores inadimplentes, com uma média de 3,3 dívidas em atraso e uma dívida média de R$ 5.296,00 por CPF. A Zona Oeste está em terceiro lugar, com 23,4%. As pessoas dessa localidade devem em média R$ 5.227,00, sendo uma média de 3,2 dívidas.
A Zona Sul possui um índice de 23,1% de moradores negativados, que devem em média R$ 5.305,00 e possuem uma média de 3,2 dívidas em atraso. Os moradores do Centro, embora tenha a menor participação de inadimplentes, de 15,8%, contabilizam, em média, 4 dívidas por CPF, e devem em média R$ 7.560,00.
De acordo com os economistas da Serasa, há uma forte correlação entre a taxa de inadimplência e as pessoas que têm menor renda. Quanto menor a renda, maior a dificuldade de formação de poupança ou de ter um dinheiro extra para quando surge um imprevisto. Dados da Serasa apontam que 57,3% dos moradores da Zona Leste ganham até dois salários mínimos. Em relação à Zona Norte, 54,9% dos habitantes ganham até dois salários mínimos. Na Zona Oeste, esse percentual é 52,3%. Já 51,2% dos moradores da Zona Sul ganham até dois salários mínimos. No Centro, esse percentual é de 49,6%.
Metodologia
O Mapa da Inadimplência da cidade de São Paulo foi realizado levando em consideração as informações disponibilizadas pelas empresas concedentes de crédito à Serasa Experian. Para a consideração de inadimplência, foram avaliadas dívidas atrasadas há mais de 90 dias e com valores acima de R$ 200,00 de quase 11 milhões de pessoas.