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Dólar fecha em queda após declarações de Dilma e Levy

Moeda americana caiu 0,27%, cotada a R$ 3,23

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O dólar fechou em queda de 0,27% nesta segunda-feira, cotado a R$ 3,23, após subir 1,55% na sexta-feira. A moeda americana reverteu a alta observada no início da sessão, após a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda mostrarem um discurso alinhado sobre as declarações de Joaquim Levy em uma palestra em inglês para ex-alunos de uma universidade dos EUA.

Na máxima da sessão, a divisa chegou a ser negociada a R$ 3,2902. 

Dilma afirmou que o ministro foi mal interpretado ao fazer comentários sobre ela. Por sua vez, Joaquim Levy negou que seja difícil trabalhar com a presidente. "A confiança mútua é muito sólida", afirmou.

Nesta manhã, o Banco Central (BC) deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps, com volume equivalente a US$ 97,8 milhões. Foram vendidos mil contratos com vencimento em 1º de dezembro de 2015 e mil swaps para 1º de março de 2016.

O BC também realizou um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril.

No mundo, a força do dólar hoje está mais uma vez ligada a especulações sobre o aumento de juros nos Estados Unidos. Na sexta-feira, a presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Janet Yellen, disse esperar que os taxas americanas subam ainda este ano e que elevações subsequentes sejam graduais. A declaração tende a esvaziar a esperança de alguns investidores de que os juros começarão a subir em 2016 — embora grande parte do mercado financeiro aposte que isso aconteça em setembro. Juros mais altos nos EUA valorizam o dólar.

Bovespa fecha em alta de mais de 2% 

Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 2,29%, aos 51.243 pontos. A Cesp liderou as altas, com valorização de mais de 7%, após anúncio de dividendo na sequência da divulgação do resultado trimestral.

Os papéis preferenciais da Petrobras subiram mais de 3%. As empresas do segmento universitário também avançam, com a Estácio subindo 4,87% e a Kroton, 4,04%. As companhias tiveram alguns cursos aprovados pelo Ministério da Educação (MEC) nesta segunda-feira.

O tom positivo vem em linha com o desempenho das bolsas no exterior. Expectativas referentes a novos estímulos econômicos na China também motivavam os negócios.