Ações da Petrobras viraram para queda depois de maior alta nos últimos cinco dias. Investidores estão de olho na reunião do Conselho de Administração da Estatal para descobrir quando será divulgado o balanço auditado do 3º trimestre de 2014 e em quanto estarão as perdas contábeis causadas por conta da corrupção revelada pela Lava Jato.
A Petrobras esclareceu, no início de março, que possui um plano de desinvestimento no valor de US$ 13,7 bilhões para o biênio 2015 e 2016. Parte do planejamento da companhia que visa a redução da alavancagem, preservação do caixa e concentração nos investimentos prioritários, a produção de óleo e gás no Brasil em áreas de elevada produtividade e retorno.
A venda desses ativos gerará uma receita que não parece ser o suficiente para a estatal, pois o momento não é o ideal, visto que o preço do produto no mercado internacional está relativamente baixo. Porém, a necessidade atual da companhia se sobrepõe. Na melhor das expectativas a Petrobras espera obter os US$ 13,7 bilhões, tudo dependerá das condições do mercado. Com essa urgência, os ativos poderão sair subvalorizados.
Os recentes números divulgados pela estatal também levantam dúvidas sobre uma suposta subvalorização dos seus ativos. Se no último balanço houve a divulgação de que supostamente o número das perdas da estatal com a corrupção seria de R$ 88 bilhões, fica uma questão no ar: se o prejuízo foi esse, a Petrobras deve valer muito mais do que se supõe. Se não vale, seus ativos estariam sendo subvalorizados. O que parece é que estão jogando contra a Petrobras há muito mais tempo.