ASSINE
search button

‘NYT’: Preços europeus continuam a cair, aumentando preocupações

Apesar dos temores de possível deflação, taxa de desemprego caiu ao nível mais baixo desde 2012

Compartilhar

“A Europa experimentou o terceiro mês seguido de preços em queda no mês de fevereiro, aumentado os temores de uma possível deflação, como mostraram dados oficiais na segunda-feira. Mas a taxa de desemprego caiu para o nível mais baixo desde 2012, oferecendo uma bem-vinda chama de esperança de que a economia possa finalmente se recuperar”. É o que diz uma matéria publicada nesta terça-feira pelo jornal americano The New York Times.

“Os preços ao consumidor na zona do euro caíram 0,3% em fevereiro comparado ao ano passado, como afirmou em Luxemburgo a Eurostat, a agência de estatística da União Europeia. Preços caíram 0,6% em janeiro e 0,2% em dezembro.

Um relatório paralelo mostrou que a taxa de desemprego na zona do euro registrou uma leve queda e se aproximou de 11,2% em janeiro vindo dos 11,3%, registrados em dezembro”, escreve o jornalista David Jolly.

“Assombrado por anos de pressões de uma inflação em queda, limitado por uma queda em uma aparente deflação em dezembro, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, anunciou uma nova iniciativa para impedir o ímpeto do preço negativo antes que fique enraizado, com possíveis efeitos nefastos sobre o crescimento e as instituições financeiros.

Sob a nova política do banco central, conhecida como quantitative easing (flexibilização quantitativa), é esperado que este mês se comece a comprar até 60 bilhões de euros, ou US$ 67 bilhões, em títulos – incluindo a dívida soberana – no mercado aberto.

Os preços de energia caíram 7,9% em fevereiro frente ao ano passado, informou o Eurostat. A queda nos preços de petróleo, acentuada a partir da segunda metade de 2014, contribuiu para as pressões deflacionárias na Europa”, diz o jornalista.

“Muitos economistas vêem os preços de energia mais baixos como um bem para a economia, já que eles colocam mais renda discricionária nos bolsos dos consumidores. Mas os preços do petróleo são apenas uma parte da história, na medida em que a inflação não alcançou a meta do Banco Central Europeu de logo abaixo de 2% desde o início de 2013.

A taxa de inflação ‘essencial’, que não inclui os preços de energia e comida, subiu 0,6% em fevereiro”, conclui a matéria do New York Times.