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Bolsa cai nesta segunda-feira com apreensão sobre medidas fiscais

Ações da Vale e Petrobras têm queda devido a minério de ferro e classificação de risco

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O principal índice da bolsa brasileira apresenta queda nesta segunda-feira (2), com o mercado apreensivo em relação à aprovação de medidas fiscais do governo. Por volta das 15h50, o Ibovespa tinha decréscimo de 1,20%, aos 50.966 pontos. Os papéis preferenciais da Petrobras tinham baixa em torno de 1,8% e os ordinários de 2,43%, com o mercado especulando que a agência Fitch também deve rebaixar o rating da empresa. A Vale registrava quedas ainda maiores, de 3,48% dos ordinários e de 3,30% dos preferenciais, na esteira do impacto de um relatório do Itaú BBA, que rebaixou a recomendação das ações devido ao preço do minério de ferro.

Neste sábado (28), a presidente Dilma Rousseff disse que a declaração do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre a desoneração da folha de pagamento, foi "infeliz". "A desoneração da folha, ela foi importantíssima e continua sendo. Se ela não fosse importante, nós tínhamos eliminado e simplesmente abandonado. Acho que o ministro foi infeliz no uso do adjetivo. Agora, o fato é que tanto o ministro como todos os setores estão comprometidos com uma melhoria das condições fiscais do país. No dia anterior, Levy tinha afirmado que “havia uma relativa ineficiência da desoneração, que não alcançou desenho projetado", que a "intenção era boa", a "execução foi a melhor possível", mas "não deu resultados e mostrou-se extremamente cara". As declarações provocaram apreensões no mercado ainda sobre a disposição de membros do PT de aprovar as medidas no Congresso. 

No exterior, as bolsas americanas disparam. O Nasdaq Composto superou a marca de 5.000 pontos pela primeira vez em 15 anos. Fato semelhante havia ocorrido durante a bolha da internet. As principais bolsas europeias fecharam em baixa, devido à nova  queda dos preços do petróleo e ao corte da taxa de juros básica da China, no final de semana. Índices de Londres e Paris tiveram baixa, em Madri ficou estável e em Frankfurt teve alta de 0,08%.

Os contratos de petróleo Brent com entrega para abril fecharam em baixa de 3,39%, a US$ 60,46 o barril. Os motivos seriam a alta do dólar e o possível aumento de produção da commodity na Líbia.