O principal índice da bolsa brasileira abriu em alta nesta quarta-feira (11) mas terminou com índice negativo, devido ao desempenho das ações de bancos privados e da BM&F Bovespa. A bolsa havia anunciado na véspera o seu lucro líquido de R$ 232,8 milhões no quarto trimestre de 2014, valor inferior ao projetado por analistas, o que reforçou os desafios projetados para a bolsa. Para analistas, ainda há um longo caminho para a bolsa brasileira ganhar força, devido, por exemplo, a episódios como o de Eike Batista, acusado de crime financeiro contra o mercado.
O Ibovespa registrou baixa de 0,56%, aos 48.239 pontos. Na semana, acumula queda de 1,13% e, no mês, tem desempenho positivo, de 2,84%. No ano, o decréscimo é de 3,54%.
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Os papéis preferenciais e ordinários da Petrobras abriram em alta, mas o episódio do acidente no navio FPSO Cidade de São Mateus no Espírito Santo, que deixou três mortos e alguns feridos em estado grave, influenciaram um movimento de queda durante a tarde. Acabaram fechando em alta, contudo, de 1,23%, os preferenciais, e 0,22%, os ordinários. A entrevista do novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, na véspera, à TV, teria influenciado. O BTG Pactual, por exemplo, considerou que a declaração do novo presidente da estatal foi "consistente" como o esperado.
Os bancos privados, por sua vez, registraram uma queda não tão expressiva, mas que influenciou a o desempenho negativo do Ibovespa, devido ao peso que têm no índice. O Bradesco registrou decréscimo de 2,7% e o Itaú Unibanco de 1,90%. Especulações sobre possíveis medidas fiscais sobre lucros e dividendos teriam gerado a queda. O BM&FBovespa, que divulgou balanço com resultado inferior ao esperado, teve queda de 3,76%.
Entre as altas, destacou-se a da ALL, que avançou quase 14%, e do Banco do Brasil, de 1,1%, que teve lucro acima do previsto pelo mercado para o quarto trimestre do ano passado. A Vale avançou 2,88%.