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'IBD': Trabalhadores do setor público são bem pagos e difíceis de demitir 

Editorial do Investor’s Business Daily diz que estado deveria aliviar pressão sobre setor privado.

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“A vida de um burocrata: quer um emprego bem pago que é protegido do declínio econômico assim como da incompetência do ocupante do posto de trabalho? Basta se inscrever para trabalhar para Washington”. É o que diz neste domingo (21/12) o editorial do Investor’s Business Daily.

Em um relatório para a Agência Nacional de Pesquisa Econômica, Jason Kopelman da Lublin Associates e o professor de economia da Princeton, Harvey Rosen, examinam a noção de que empregos no setor público são à prova de recessão. A conclusão deles?

"Empregos do setor público, embora não sejam necessariamente à prova de recessão, oferecem mais segurança do que empregos do setor privado, e essa vantagem se amplia em períodos de recessão," descobriram os pesquisadores.

Estudos mostram há tempos que empregos no governo pagam melhor do que o trabalho no setor privado. Na semana passada a Agência de Estatísticas do Trabalho anunciou que "os custos de empregadores para remuneração dos trabalhadores civis tiveram uma média de US$ 32,20 por hora trabalhada em setembro de 2014, enquanto empregadores do governo local e estatal gastaram uma média de US$ 43,56 por hora trabalhada para a remuneração dos empregados."

Dados recentes publicados pelo Instituto de Análise Econômica mostraram que a média de salários em empregos civis federais foi de US$ 81,076 no ano passado, enquanto o salário médio no setor privado era de US$ 55,424.

Entretanto, um estudo do Instituto Empresarial Americano concluiu que abaixo do nível nacional, "empregados do governo na maioria dos estados recebem uma remuneração total maior do que empregados do setor privado com nível de educação e experiência semelhantes e que trabalham para grandes empregadores".

Os cômodos pagamentos e benefícios para trabalhadores do setor público não vêm sem um preço. Elas são um duro custo adicional ao setor privado que tem que bancar a burocracia. Diferentemente dos empregadores privados, governos não podem criar riqueza para pagar seus empregados — eles pagam seus funcionários somente ao  taxar o setor privado.

Alguns trabalhadores do setor público são verdadeiros servidores públicos. E deveriam ser pagos  proporcionalmente ao serviço que prestam.

Mas nem todos são. Muitos que trabalham para o governo são simplesmente um dreno no setor privado. Há trabalhos ultrapassados, redundantes além de gastos sindicais altos demais para os trabalhos que são feitos.

Em vez de ceder aos trabalhadores do setor público, as autoridades deveriam adotar políticas para tornar o estado mais ágil e aliviar a pressão sobre o setor privado.

Muitos dos trabalhadores do setor público de hoje deveriam ser os empregados do setor produtivo privado de amanhã. Aqueles que permanecem com os governos deveriam ter seus pagamentos e estabilidade refletidos em suas habilidades e resultados", conclui o editorial.