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Consumidores vão às compras no maior centro comercial popular do Rio

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O maior centro de comércio popular do Rio, a Saara (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega) funciona a todo vapor desde às 9h da manhã. O horário de encerramento das atividades deve variar conforme o movimento, podendo chegar às 20h durante os próximos dias. Na região, que conta com mais de 600 lojas, há uma grande variedade de produtos, como artigos esportivos, de festa, brinquedos e calçados. A poucos dias do Natal, a expectativa dos comerciantes é que nem o calor forte que faz na cidade afaste os consumidores.

O comerciante e locutor de uma loja de calçados da região, Sérgio Moraes, 43 anos, espera aumento nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. “O movimento aqui é grande e esperamos um resultado que vai superar as vendas de 2013. Estamos com nossos estoques cheios e nos motiva quando os clientes saem daqui felizes, sendo sempre bem atendidos por todos os vendedores. Os consumidores compram presentes para toda a família e também para o amigo oculto”, disse.

Em uma cidade conhecida por suas belezas naturais, o comércio do Rio também lucra com o movimento dos turistas nesta época do ano. Segundo a vendedora de uma loja de souvenirs do Saara, Joseane Nogueira, 27 anos, não houve uma queda brusca da clientela. “Esse ano o movimento está bom, até ficamos surpresos. A loja vende além de produtos chineses, muitos souvenirs e lembranças do Rio para aqueles que visitam a cidade. A procura é bastante grande e estamos contentes”, disse.

Dois dos setores que também apresentam boas vendas são brinquedos e enfeites de Natal. De acordo com a comerciante Aline Campos, de 32 anos as crianças continuam sendo consumidores importantes. “Hoje os meninos e meninas pedem muito por aparelhos de tecnologia como celulares, tablets e videogame, mas os brinquedos continuam em alta. Aqui, por exemplo, vendemos muito aqueles que são baseados em filmes e desenhos animados”, afirmou.

Já o vendedor Francisco José Abreu, de 40 anos, comemora as vendas da loja de artigos variados. “Nesta época do ano, as vendas sobem 20%, 30% e ficamos muito felizes. A verdade é que praticamente em cada lar temos a tradição de montar nossas árvores e enfeitá-las com nossa família. Isso faz parte do espírito natalino, e nós comerciantes comemoramos também”, concluiu.

Entretanto, também houve queda de vendas para algumas lojas do Saara. Segundo o gerente de uma loja de material para fabricação de bijuterias Marcilio Contantinho, de 48 anos, o movimento tem caído bastante. “Temos notado a queda nas vendas dos últimos natais. Não se sabe se é por causa da crise no Brasil ou no mundo, mas a cada ano desde 2010 o movimento diminui, em torno de 10%, às vezes, até um pouco mais”, declarou.

Os valores dos presentes variam conforme a situação financeira de cada consumidor, que muitas vezes é impulsionado às compras pela segunda parcela do décimo terceiro salário. O auxiliar de serviços gerais, Estevão dos Santos Souza, de 35 anos tem o hábito de fazer suas compras no Saara todo o ano. “Em meio a situação atual do nosso país, não tenho como comprar presentes caros para meus pais, esposa e filho. Então, é preciso pechinchar, mas pra mim é importante pelo menos dar a eles uma lembrancinha”, brincou.

A dona de casa Margarida Araújo, de 50 anos, prefere faz suas compras no Saara, pela manhã. “Prefiro chegar cedo, quando as lojas estão abrindo. As vezes venho com minhas amigas e compro bastante. Para toda a família – meu marido, meus filhos e netos. Aqui consigo comprar um presentinho para todos, além dos artigos de decoração para as árvores de natal. Minha neta sempre pede para eu comprar algo diferente, novo, e encontro tudo aqui”, afirmou.