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Cúpula do Mercosul prega integração mundial do bloco

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A 47ª edição da Cúpula dos chefes de Estado do Mercosul terminou nesta quarta-feira (17) com ênfase na integração regional como estratégia de integração ao mundo. O grupo ainda fez a ratificação de um modelo de desenvolvimento comum voltado para a inclusão social e a distribuição de renda. Assim, sepultou o ressentimento pela suspensão do Paraguai em 2012 e 2013 e se mantém na expectativa do iminente ingresso da Bolívia como membro pleno do grupo.

A presidente argentina, Cristina Kirchner, anfitriã do evento, ressaltou que os países que integram o Mercosul demonstraram que é "impossível integrar-se ao mundo se não se está integrado na região". Ela se referiu à integração regional como "ponto central para as políticas públicas de cada um" dos países-membros e sustentou que "entender-se com os vizinhos, comercializar com os vizinhos não pode ser nunca um obstáculo para se integrar ao mundo".

Esse conceito, e sobretudo a inclusão social, foi destaque nos discursos de Dilma Rousseff, de José Mujica (Uruguai), Evo Morales (Bolívia), Nicolás Maduro (Venezuela) e Horacio Cartes (Paraguai).

Durante a cúpula, não foram realizados encontros bilaterais. Mas, um dos pontos mais salientes dos debates foi o processo de integração da Bolívia como membro pleno do bloco.

No documento final, os chefes de Estado "reiteraram seu firme compromisso com o Mercosul, destacando que seus objetivos devem ser orientados para aprofundar a integração e o desenvolvimento dos povos, da consolidação das democracias e o respeito pelos direitos humanos".

Além disso, os membros "ratificaram sua determinação de fortalecer a dimensão social e cidadã da integração, ressaltando a importância dos trabalhos que se desenvolvem nos distintos fóruns para garantir a geração de emprego e o crescimento econômico com justiça e inclusão social".

Na questão econômica, os líderes se comprometeram em continuar impulsionando iniciativas e ações que avancem "sobre as estruturas produtoras". Segundo o documento, elas devem permitir o fortalecimento do modelo regional e ajudar a "melhorar as condições de competitividade entre os diferentes setores".

Os presidentes ressaltaram ainda a intenção de ter uma oferta da União Europeia para fechar um acordo comercial. "Ratificamos o interesse em fechar um acordo ambicioso, equilibrado e mutuamente bom com a União Europeia. Temos disposição em estabelecer um documento para o intercâmbio das respectivas ofertas de acesso ao mercado de bens, serviços e compras governamentais", informa o documento.

Ainda no fim do encontro, a normalização entre as relações dos Estados Unidos e Cuba foram destaque. Kirchner destacou que a medida "mudará a história".