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OCSE prevê alta de 0,2% do PIB italiano em 2015

Organização prevê crescimento da dívida pública do país

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Após retração de 0,4% em 2014, o PIB da Itália deverá voltar a crescer até a metade de 2015 e acelerar em 2016. A estimativa é da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Europeu (OCSE), que prevê crescimento de 0,2% do PIB italiano no próximo ano e cerca de 1% em 2016. A estimativa foi divulgada nesta terça-feira (25), no relatório Economic Outlook.

    Segundo a OCSE, "o suporte da política monetária do Banco Central Europeu deve melhorar as condições financeiras e facilitar o aumentos dos empréstimos bancários que devem aumentar os investimentos." A OCSE prevê crescimento de investimento bruto na ordem de 0,1% em 2015 e 2% em 2016, após queda de 2,7% neste ano.

    O ligeiro crescimento deverá refletir na diminuição da taxa de empregos, diz a OCSE. Mas somente em 2016. Para a OCSE, a taxa de desemprego no país cairá de 12,4% em 2014 para 12,1% em dois anos.

    No entanto, segundo a organização, a dívida pública italiana deverá crescer nos próximos dois anos. A OCSE prevê que a dívida pública vai passar dos atuais 130,6% do PIB para 133,5% em 2016, demonstrando uma "vulnerabilidade significativa" do país, de acordo com o relatório.

   Segundo Catherine Mann, economista da OCSE, o aumento da dívida pública em relação ao PIB está ligado à fragilidade do crescimento do país. Mas a organização vê de forma positiva as intervenções estruturais promovidas pelo governo, que teriam tido um impacto contra os níveis de endividamento.

    Moody's diz que Itália é vulnerável - Segundo a agência de classificação de risco Moody's, algumas economias europeias, em especial a italiana, estão fazendo planos de consolidação fiscal de maneira incompleta. Segundo a agência, a "pequena" ambição reformista na Itália ameaça o crescimento do país. De acordo com a agência, a Itália é o país mais exposto da Europa a uma possível mudança de fluxo de caixa. Isso porque, segundo a Moody's, o país possui "grande necessidade de financiamento para dívidas estimadas em 29% do PIB em 2015." (ANSA)