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Commodities têm semana de resultados mistos

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Os preços das matérias-primas tiveram uma semana de resultados mistos, influenciados pelo crescimento econômico da China e pelos riscos de Ebola.

PETRÓLEO: os preços do petróleo recuaram em um mercado volátil e pressionado pela ampla oferta e pela contração da demanda na economia global.

O "light sweet crude" (WTI) caiu para o menor nível em dois anos, e o Brent atingiu seu menor valor em quatro anos.

"Os preços sofreram, contudo, um avanço na quinta-feira, com as notícias de que a Arábia Saudita reduziu seu fornecimento de cru em setembro", afirmou o analista de energia Dorian Lucas, da consultoria Inenco. Os dados positivos sobre o crescimento econômico na China e na Alemanha também favoreceram a alta de preços.

Alguns analistas apontam o risco do Ebola para a economia mundial. "A recente preocupação com o Ebola é a última coisa que gostaríamos de ver nesse momento", desabafou o analista Desmond Chua, da CMC Markets.

Nesta sexta-feira, antes do fechamento, em Londres, o Brent do Mar do Norte para entrega em dezembro caiu para 86,03 dólares o barril. Há uma semana a cotação foi de 86,20 dólares.

No New York Mercantile Exchange, o WTI para entrega no mesmo prazo passou de 83,27 dólares (entrega para novembro) na semana passada para 81,38 dólares.

Ouro bate novo recorde

METAIS PRECIOSOS: o preço do ouro bateu a quinta semana de lucros na última terça-feira, antes de recuar devido a uma realização dos lucros.

O ouro chegou aos 1.255,37 dólares a onça, nível mais alto desde a metade de setembro, beneficiando-se de seu "status" de investimento seguro em tempos de instabilidade econômica.

Nesta sexta, no London Bullion Market, o preço do ouro recuou para 1.232,75 dólares a onça, em comparação aos 1.234,25 dólares na semana anterior.

A prata caiu de 17,36 dólares na sexta-feira passada para 17,19 dólares.

No London Platinum and Palladium Market, a platina recuou para 1.254 dólares, de 1.259 dólares no fechamento da semana passada. Já o paládio subiu de 753 dólares para 784 dólares.

METAIS INDUSTRIAIS: os metais industriais registraram alta nos preços, graças aos dados da economia chinesa.

No início da semana, foi noticiado que o Banco Central chinês pretende injetar 32,6 bilhões de dólares em seu sistema bancário, depois de uma política econômica flexível não ter tido sucesso em alavancar o crescimento. Em reação, boa parte dos metais usados na indústrias teve um movimento de alta.

Nesta sexta-feira, no London Metal Exchange, o cobre para entrega em três meses subiu de 6.615 para 6.724 dólares a tonelada.

O alumínio para entrega no mesmo prazo avançou de 1.962 dólares a tonelada para 1.971 dólares. O chumbo caiu de 2.030 dólares para para 2.015 dólares a tonelada. O estanho subiu um dólar, de 19.426 dólares a tonelada para 19.427 dólares. O zinco também teve alta, de 2.245,75 dólares a tonelada na semana passada para 2.265,25 dólares. Já o zinco caiu de 15.648 dólares para 15.174 dólares.

Café recua

CAFÉ: o mercado recuou para o mínimo de um mês pelas condições climáticas favoráveis no Brasil, maior produtor da commodity.

Nesta sexta-feira, no ICE Futures US, o Arábica para entrega em dezembro caiu para 192,10 centavos de dólar o quilo, enquanto na semana anterior a cotação foi de 213,20 centavos de dólar.

No LIFFE, London's Futures Exchange, o Robusta para novembro caiu de 2.152 dólares a tonelada para 2.019 dólares.

AÇÚCAR: o mercado de açúcar sofreu queda.

Nesta sexta-feira, no LIFFE, o preço da tonelada de açúcar refinado para entrega em dezembro caiu para 426,20 dólares, em comparação aos 426,40 dólares na semana passada.

No ICE Futures US, o preço do açúcar sem refino caiu para 16,32 centavos de dólar o quilo. Na semana passada, a cotação foi de 16,59 centavos de dólar.