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Mantega descarta recessão, mas vai rever meta de crescimento

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira que o fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre (queda de 0,6% em relação ao período anterior) foi uma consequência da baixa demanda no comércio internacional e também de problemas conjunturais internos, como os efeitos da estiagem - que levou ao aumento do custo da energia elétrica - e ao menor número de dias úteis em junho, devido aos dias de jogos da Copa do Mundo.

Mantega afirmou que seriam necessários mais resultados negativos para se ter certeza de que o país entrou em recessão, e ressaltou que os indicativos da produção industrial para o terceiro trimestre já mostram recuperação do crescimento econômico. O ministro também declarou que a inflação já deu sinais de acomodação, e a massa salarial permanece em alta. "Recessão é uma parada prolongada, como ocorreu com os países europeus e ocorre quando há desemprego", explicou, enfatizando que, no primeiro semestre, o Brasil conseguiu criar 500 mil novas vagas de emprego.

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Apesar dos prognósticos, Guido Mantega salienta que o governo terá que rever a meta de crescimento de 1,8% prevista para este ano, mas ele acredita que a revisão do resultado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não confirme a queda.

O ministro voltou a destacar o cenário internacional, responsável, segundo ele, pelo resultado do superávit primário, divulgado hoje pelo Tesouro Nacional,que teve o pior desempenho desde 1997.

"O mercado externo não absorve nossas exportações. O setor industrial só vai melhorar quando houver recuperação no exterior", disse Mantega.