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Itália entra, oficialmente, em recessão

Economia caiu 0,2% no 2º trimestre; Fato não ocorria desde 1959

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A economia italiana entrou, oficialmente, em recessão. No segundo trimestre de 2014, houve queda de 0,2% em relação aos três meses anteriores, informou o Instituto de Estatísticas Italiano (Istat) nesta sexta-feira (29). Para efeitos de arredondamento, o Instituo reviu sua estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do dia 6 de agosto de -0,3% para -0,2%. Com isso, o primeiro semestre fechou em -0,1% e a Itália entrou, de fato, em recessão.

    Desde setembro de 1959 a Itália não tinha dois trimestres negativos na economia. Porém, logo após esse período, o país voltou a ter uma forte onda de crescimento. As despesas familiares tiveram um leve aumento, após 11 trimestres de queda (desde 2011). O crescimento foi de 0,2% nos últimos três meses de 2014. Desemprego Novamente, a taxa de desemprego apresentou alta. Segundo dados provisórios do Istat, em julho, o desemprego teve aumento de 0,3%, ficando em 12,6%.

    Em número de empregos, foram perdidas 35 mil vagas - cerca de mil empregos por dia. Ao todos, 3,22 milhões de italianos estão sem nenhum tipo de ocupação.

    A taxa de desemprego entre os jovens de 15 a 24 anos ficou em 42,9% em julho - uma queda de 0,8 ponto percentual em comparação a junho, mas um aumento de 2,9% na base anual. Cerca de 705 mil jovens nessa faixa etária estão procurando um trabalho na Itália.

    A Itália vem enfrentando uma séria crise econômica há mais de sete anos e registra recordes constantes de desempregos entre os jovens e adultos. Atualmente, segundo informações divulgadas pelo próprio Istat, 10 milhões de italianos vivem na pobreza e o desemprego para pessoas abaixo de 40 anos já passa dos 43%, chegando a mais de 50% no sul da Itália. (ANSA)