As petroleiras da Bolívia e do Brasil firmaram, nesta segunda –feira (18), um novo adendo ao contrato de compra e venda de gás natural, a reconciliação de contas abriu uma nova fase de negociações afim de renovar o acordo atual, que expira em 2019. É o que afirma o El País em artigo publicado nesta quarta-feira (20).
Segundo o jornal, Carlos Villegas, o presidente da YPFB, e José Alcides Santoro, diretor de Gás e Energia da Petrobras, assinaram os documentos sob o olhar atendo do presidente Evo Morales, na cidade Santa Cruz do Leste.
O acordo, segundo o El País, estabelece o pagamento retroativo de 457 milhões da Petrobras a favor do Estado Boliviano e o acordo reconhece também as multas da YPFB por falta de fornecimento de gás entre 2001 e 2012.
O segundo documento corresponde ao “Addendum seis”, o contrato de fornecimento de gás natural da Bolívia para o Brasil, no extremo leste da fronteira de Santa Cruz com o território brasileiro. Já o terceiro acordo vai permitir que a Bolívia envie 2,24 milhões de metros cúbicos por dia para a termoelétrica Mario Covas em Cuiabá, com um preço inicial de UR$ 10,24 por milhões de BTU (Unidade térmica britânica, na legenda em inglês) e um sistema de prêmios ao comprimento da ação.
Santoro destacou, segundo o El País, que pelo lado brasileiro, os acordos colocam fim à divergência se arrastavam por anos e mostra a cooperação energética entre as nações e que ambas estão ganhando muitos benefícios na relação comercial. Além de projetar um cenário de parceria energética na América Latina.
A Petrobras, segundo o jornal espanhol, também se comprometeu a um programa de investimento em pesquisa e exploração de hidrocarbonetos nas áreas atribuídas a Petrobras na Bolívia. O Brasil é o maior mercado para o gás natural da Bolívia. Ambos assinaram um acordo de vinte anos que se encerra em 2019, para o fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos por dia. Segundo o El País, O valor das exportações de gás da Bolívia para o Brasil gerou uma receita de 3.875 milhões durante 2013.