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Serviços têm queda na receita e menor crescimento anual

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A receita bruta do setor de serviços caiu 1,1% na passagem de maio para junho, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (19/08) pelo IBGE. Na comparação com junho de 2013, o crescimento da receita nominal foi de 5,7% – uma desaceleração ante os +6,6% registrados em maio. Segundo o economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Fabio Bentes, levando-se em conta apenas a base comparativa anual, o aumento da receita em junho foi o menor desde o início da série histórica da PMS iniciada em 2012. 

“Em termos reais, a variação de 9,2% dos serviços apurados pelo IPCA entre junho de 2013 e junho deste ano levou o faturamento real do setor de serviços a registrar a maior queda histórica anual da pesquisa nessa base comparativa (-3,5%)”, afirma Bentes. No acumulado do ano houve retração real de 1,3%. 

A queda em junho foi puxada pela receita dos segmentos de transportes e correios (-4,7%), que reverteu a alta registrada em maio (+1,5%). No comparativo anual, os segmentos com as maiores taxas foram os serviços prestados às famílias (+11,1%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (+7,3%), enquanto os serviços variados de manutenção, reparação e apoio à agropecuária (+1,2%) impediram uma alta maior dessa receita. 

A série histórica da PMS do IBGE foi iniciada em janeiro de 2012 e não conta com deflator específico ou com dados dessazonalizados, em razão do reduzido número de observações. Educação, saúde e serviços financeiros estão fora da pesquisa, mas as atividades pesquisadas pelo IBGE respondem por mais de 1/3 do valor bruto gerado pela economia brasileira.