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Projeção de bancos aponta para avanços de 11,9% do lucro em relação a 2013

Lucro líquido ajustado, ignorando itens extraordinários, foi de R$ 11,9 bilhões

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Um balanço dos quatro maiores bancos listados no país – Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Banco do Brasil – divulgado nesta quarta-feira (30) por um jornal especializado em mercado apontou para o crescimento do lucro dos bancos. Os dados apontam para o crescimento no único setor do Brasil que não precisava crescer, em comparação às inúmeras outras áreas prioritárias. De acordo com as projeções obtidas, fatores como o aumento dos spreads, a redução da inadimplência e o controle de custos ajudaram os bancos a lucrar mais no segundo trimestre de 2014. Segundo os dados obtidos, o lucro líquido ajustado foi de R$ 11,9 bilhões, marcando crescimento de 0,4% se comparado com o trimestre anterior e de 11,9% em relação ao mesmo período de 2013.

O crescimento do lucro no setor aconteceu em um ambiente de crescimento de crédito enfraquecido. Vale ressaltar ainda que o crescimento dos bancos aconteceu devido também ao povo, responsável por depositar seu capital nas instituições.

Dentre os quatro bancos, as projeções apontam para uma manutenção do resultado pelo Itaú Unibanco e pelo Bradesco – Banco do Brasil e Santander devem volta a apresentar um cenário mais modesto, próximo ao do trimestre anterior.

No caso do Bradesco, houve um aumento de 28,1% do lucro líquido neste segundo trimestre, em relação ao mesmo período de 2013. O lucro do Bradesco em base recorrente, que exclui ganhos e perdas extraordinários, atingiu a cifra de R$ 3,8 bilhões no período. Os resultados ultrapassaram as previsões estimadas do aumento comparativo anual.

O banco teve expansão também de 8,1%  no setor de crédito em relação ao mesmo trimestre de 2013, contabilizando R$ 435 bilhões.

O Banco do Brasil teve seu balanço marcado por resultados que superaram as expectativas. As projeções apontam para um lucro líquido deve atingir R$ 2,4 bilhões, representando assim uma alta de 1,8% sobre os resultados do primeiro trimestre de 2014. Contudo, é preciso estar atento para o fato de os números pontuarem redução de 5,8% na comparação anual.

Analistas avaliam os negócios de seguros como sendo provavelmente o principal fator positivo do trimestre  onde é esperado 13% de aumentos na comparação com o trimestre anterior.

Já em relação ao Itaú Unibanco, a projeções indicavam aumentos de 27,2% na comparação com o ano anterior, totalizando lucro líquido de R$ 4,6 bilhões.  De acordo com as análises, a ideia é que o Itaú Unibanco tenha tirado proveito já neste segundo trimestre da joint venture com o BMG, anunciada no primeiro trimestre. Analistas acreditam que a companhia  deve aumentar a carteira de consignado, que sofre menos influência da volatilidade macroeconômica.

Por outro lado, o Santander segue um ritmo mais vagaroso em relação aos outros bancos. As perspectivas envolvendo o banco privado são de que o lucro líquido ajustado fique em R$ 1,2 bilhão – assinalando uma queda de 10,1% no comparativo com o mesmo período de 2013. Analistas estariam ainda aguardando um trimestre com linhas de pequenas e médias empresas avançando de forma inferior à média do mercado, além de uma baixa expansão do crédito.

O cenário da inadimplência apresentando melhoras também, fazendo com que as margens ficassem menos pressionadas. Outro fator que vem se recuperando desde o início de 2014 é o spread. Em junho, o valor médio atingiu 12,7 pontos, representando uma alta em relação a janeiro, quando, segundo o Banco Central, o spread médio das operações de crédito era de 11,8 pontos percentuais.