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Copa pode ter influenciado alta de confiança do consumidor, diz FGV

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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas (FGV) avançou pelo segundo mês consecutivo, ao crescer 3% entre junho e julho deste ano, indo de 103,8 para 106,9 pontos. O ICC foi divulgado hoje (25), pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre). Apesar do avanço, o Ibre considera que o índice ainda se encontra em nível baixo, em termos históricos.

Para a economista Viviane Seda, coordenadora da pesquisa, a alta da confiança do consumidor é “uma boa notícia”, no entanto parte deste resultado se deve a uma possível influência da movimentação em torno da Copa do Mundo nas cidades sedes pesquisadas e não representa, efetivamente, uma tendência. “Para se confirmar uma tendência mais consistente de alta, será necessário aguardar os próximos resultados”, acredita.

Os dados apurados pelo Ibre indicam que, em julho, a satisfação dos consumidores em relação à situação atual aumentou expressivamente, enquanto as expectativas em relação aos meses seguintes ficaram ligeiramente mais otimistas.

Com isto, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 3,1%, para 113 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) variou 0,5%, passando a 101,2 pontos. A avaliação sobre a situação econômica geral contribuiu com mais de 50% para o resultado favorável do ICC no mês.

Já o indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores com a economia no momento avançou 8,8% em julho, ao passar de 69,6 para 75,7 pontos, melhor resultado desde os 76,1 pontos de março último.

Houve aumento na  proporção de consumidores que avaliam a situação como boa (de 14,1% para 16,7%) e redução dos que a consideram ruim (de 44,5% para 41%).

A pesquisa concluiu também que os consumidores estão menos pessimistas a respeito das finanças pessoais para os próximos meses. Assim, o indicador que mede o grau de otimismo em relação à situação financeira familiar subiu 1,6%, para 129,1 pontos.

O quadro de melhora do Índice de Confiança do Consumidor é generalizado e pode ser observado também na parcela de consumidores que projetam melhora para os próximos meses - de 33,9% para 35,2%, entre junho e julho; enquanto a dos que preveem piora caiu de 6,8% para 6,1%.

A Sondagem de Expectativas do Consumidor é feita com base numa amostra com cerca de 2.000 domicílios em sete das principais capitais brasileiras.