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The Diplomat: Banco do Brics une países com objetivos parecidos, diz revista

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A revista japonesa The Diplomat publicou uma reportagem na última quarta-feira (23), intitulada "três razões porque o banco do Brics é importante' comentando a criação do novo Banco de Desenvolvimento Sustentável pelos países participantes do grupo – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O jornal diz que a criação do banco tem “implicações de longo prazo para a ordem e o desenvolvimento global” e citam três grandes porquês.

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“Em primeiro lugar, ele demonstra a viabilidade e dinâmica dos Brics, apesar de todo o ceticismo e crítica nos últimos anos”, diz o artigo. O jornal diz que algumas das críticas  são legítimas como  a que o Brics têm experimentado um crescimento mais lento nos últimos tempos, além do crescimento econômico da China parecer estar estabilizando, por uma variedade de razões. O jornal diz que, apesar das críticas sobre as dificuldades de realmente o banco dar certo “sempre haverá diferentes opiniões e pontos de vista entre os países dos Brics, assim como há diferenças entre os membros do G7. O que é importante, porém, é que os estados-membros partilham um grande objetivo comum que os une, apesar das diferenças: o desenvolvimento”. Ao contrário de países membros do G-7, os membros do grupo ainda estão em grande parte nesta situação. Isso significa que por um longo tempo estes países país vão se concentrar num objetivo comum: em como melhorar os padrões de vida dos seus cidadãos.

“Em segundo lugar”, continua analisando o jornal, “o banco demonstra a liderança geral do Brics pela China. Dado o enorme de China enorme tamanho e rápido desenvolvimento, há pouca dúvida de que o mundo realmente precisa de liderança do país”. Apesar disso, a análise do jornal considera que é importante a China manter um equilíbrio na sua influência, para não dar a impressão que “comanda” o grupo ou o banco. E continua “ao contrário os EUA, a China não deveria tentar impor sua própria vontade e regras em outros membros e os países em desenvolvimento que procuram financiamento do banco”.

Em terceiro lugar, o banco do Brics é um “desafio direto à ordem global liderada pelo Ocidente. Muitos veem o novo banco como uma resposta às reformas falhadas do FMI e do Banco Mundial e como o desenvolvimento real de países como a China e a Índia não pode aumentar a sua influência no âmbito das instituições”, completa. Entretanto, continua o jornal, deve-se ter em mente que o banco não está desafiando a ordem econômica internacional liberal. “Em última análise, a competição entre o Banco Brics,  do FMI e do Banco Mundial deve ser acerca eficiência ao invés de uma luta entre  liberal VS ordem alternativa. O relacionamento mais provável entre os dois é uma relação complementar ao invés de um conflito”, finaliza a análise.