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Cenário internacional agita bolsas globais nesta terça-feira

Dow Jones caiu mas agora tem alta, enquanto europeias têm baixas influenciadas por crise da Ucrânia

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As principais bolsas de valores do mundo registraram queda nesta terça-feira (15), influenciadas pelo cenário mundial. No Brasil, o Ibovespa chegou a cair 3,31% no início da tarde, mas a queda foi amenizada e fechou com perda de 2,21%, a 50.454 - a quinta queda em seis pregões e a maior desde o início de fevereiro. Na Europa, a tensão na Ucrânia deixa suas marcas nas bolsas. Nos Estados Unidos, dados decepcionantes da indústria norte-americana garantiram um movimento de baixa em Wall Street, mas o índice Dow Jones e S&P 500 voltaram a operar no positivo, depois de queda de 0,5%.

Na Europa, as tensões com a Ucrânia prevalecem e as bolsas caminharam para um fechamento em baixa. O DAX, de Frankfurt, desvalorizou 1,77%, aos 9.173 pontos. O índice FTSE-100, de Milão, fechou com queda de 2,33%, a 20.817,49 pontos. E o CAC 40, de Paris, desvalorizou 0,89%, aos 4.345 pontos. O Financial Times Stock Exchange 100 (FTSE 100), principal índice da Bolsa de Londres, fechou cotado em 6.541,61 pontos – uma desvalorização de 0,64%.

A Rússia declarou que a Ucrânia está a beira de uma guerra civil e Kiev teria lançado uma operação antiterrorista contra separatistas pró-Moscou. A Ucrânia acusou a Rússia de ter "projetos brutais" para desestabilizar o Sul e o Leste do país.

O Instituto de pesquisas Zentrum für Europaische Wirtschaftsforschung (Zew), que mede a confiança na economia, revelou que o índice ZEW sobre as expectativas de evolução da conjuntura da Zona do Euro atingiu os 61,2 pontos em abril, ficando abaixo dos 61,5 pontos registrados em março. O índice, no entanto, ainda ficou acima do esperado pelo mercado. Já o Office For National Statistics anunciou que o Índice de Preços ao Consumidor do Reino Unido recuou 0,2% em março, em relação ao mês anterior, e 1,6% comparado ao mesmo período de 2013.

Em Wall Street, o índice Dow Jones chegou a perder 0,49% aos 16.094 pontos, mas fechou com alta de 0,55%, a mas no meio da tarde registrava alta de 0,5%, a 16.262,56; o S&P 500 também chegou a recuar 0,56% a 1.820 pontos, mas encerrou com alta de 0,68%, a 1.842 pontos; e a bolsa eletrônica Nasdaq chegou a cair 1,47% aos 3.963 pontos, mas fechou com alta de 0,38%, a 3.487. O Departamento do Trabalho anunciou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,2% em março, na comparação com fevereiro, acima do esperado por analistas. O índice Empire Manufacturing de atividade, que revela as condições de negócios para os fabricantes, registrou queda em abril, de 5,61 pontos para 1,29 pontos. De acordo com o Fed, no entanto, as condições das atividades dos negócios ficaram estáveis no mês.

Discurso de Janet Yellen, presidente do Federal Reserve (Fed), também ganhou destaque. Ela declarou que a autoridade considera adotar mais medidas para lidar com riscos à estabilidade financeira. 

Na Ásia, o mercado encerrou o pregão em queda, refletindo a desaceleração dos dados de crédito na China, enquanto o mercado aguarda a divulgação do PIB do primeiro trimestre, que será realizada na noite desta terça-feira (15).  As concessões de crédito bancário no somaram RMB 1,050 trilhão em março, avançando ante fevereiro (RMB 644,5 bilhões) e ficando levemente acima do projetado (RMB 1 trilhão). Da mesma forma, os empréstimos totais – incluindo o sistema bancário e não bancário – chegaram a RMB 2,070 trilhões no mesmo período, superando o consenso (RMB 1,850 trilhão) e o emprestado em fevereiro (RMB 938,7 bilhões).

Aqui no Brasil, o Ibovespa chegou a apresentar queda, influenciado pela desvalorização das ações da Vale e também da Petrobras, que no entanto não tiveram as maiores baixas do dia. Dados externos e internos também contribuíram para o pregão negativo. O índice chegou a cair 3,31% no início da tarde, mas a queda foi amenizada e fechou com perda de 2,21%, a 50.454. O giro financeiro foi de R$ 7,19 bi. Das 72 ações do Ibovespa, 67 fecharam o dia em queda.

As ações da Vale fecharam com queda 4,62%, e estariam sendo influenciadas pelo desempenho da China, data ex-provento dos ativos (data em que a ação começa a ser negociada com o provento já descontado do seu valor) e antecipação dos investidores ao vencimento das opções. A Vale informou que concluiu a transação anunciada em 18 de Setembro, transferindo 20% do capital total da VLI S.A. (VLI) para a Mitsui & Co. Ltd. (Mitsui) por R$ 1,5 bilhão e 15,9% para o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS (FI-FGTS), cujos ativos são administrados pela Caixa Econômica Federal, pelo valor de R$ 1,2 bilhão.

Já a Petrobras fechou com queda de 3,83%. A presidente Graça Foster falou na tarde de hoje sobre as denúncias de corrupção na estatal. A executiva iniciou sua exposição com números relativos a 2013, que atestam o crescimento do parque de refino de petróleo. Entre os temas a serem abordados, estava a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, investigada por suspeita de superfaturamento.

A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) reduziu a nota de crédito de mais nove bancos brasileiros. Os bancos que tiveram notas rebaixadas foram: ABC Brasil, Mercantil do Brasil, Indusval & Parners, Intermedium, Paraná banco, Banco Fibra, Banco de Brasília (BRB), Banco Pan e BTG Pactual.

De acordo com o IBGE, o Comércio Varejista do País variou 0,2% em fevereiro, tanto em volume de vendas quanto em receita nominal, em relação ao mês anterior. Na renda fixa, os juros futuros operam em queda. Para finalizar, o dólar opera com alta de 0,90%. Há pouco, a moeda era vendida a R$ 2,236.

* Com informações da Investimentos e Notícias