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Susan Segal diz que Brasil deve pensar em como crescer mais rápido

Presidente do Conselho das Américas reconhece que é desafio encontrar a expansão adequada

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Em entrevista ao jornal El País, a presidente do Conselho das Américas, Susan Segal, afirma que o Brasil deve pensar em como crescer mais rápido para tirar a China da equação. Ela reconhece que é um desafio encontrar a expansão que faça sentido para o Brasil.

Susan Segal chega ao país para presidir, na terça-feira, o fórum do Conselho das Américas, organização que preside desde 2003.

Segundo o El País, Susan é uma apaixonada defensora do potencial da América Latina, a ponto de que a Latinvex a considera a mulher mais poderosa na representação dos interesses de investidores estrangeiros que fazem negócios na região.

O Fórum do Conselho das Américas é crucial para estabelecer conexões com o mundo dos negócios na América Latina, pois ele é integrado por algumas das mais importantes companhias do mundo. 

"Quando penso na América Latina, e como acredito que os investidores devem ver, é em termos dos progressos em cada país individualmente. Há muitos países onde estão acontecendo coisas muito positivas quanto ao progresso econômico, além do México, Brasil e Argentina, como Colômbia, Peru e Chile", disse Susan Segal ao El País..

Sobre o crescimento econômico do Brasil, a economista foi enfática: "Penso que o Brasil não é capaz de crescer como poderia, 5% ou 6%. Com sorte poderia chegar agora aos 3%, embora eu ache que está mais no patamar de 2,5%. O Brasil está tendo muita sorte. Tem uma economia enorme, mais de 40 milhões de cidadãos se somaram à classe média, que demanda bens e serviços, e uma base industrial muito sólida. E, mesmo com uma taxa lenta de crescimento, sua economia avança numa situação próxima ao pleno emprego. Os salários estão mais ou menos estáveis, embora sem crescer tanto como em anos anteriores. O que o Brasil deve fazer é pensar no que precisa fazer para crescer mais rápido e poder tirar a China da equação. É um desafio encontrar o crescimento que faça sentido para o país, e isso ao mesmo tempo em que você obtém o investimento necessário para alimentar a demanda dessa crescente classe média".

Susan Segal disse ainda que vê os protestos que ocorrem no país como uma expressão da democracia. "A classe média exige mais opções do Governo, mais e melhores serviços. Quer mais hospitais, melhor educação, uma vida melhor para seus filhos, porque pagam impostos".