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Governo volta atrás e pensa em investir mais na Oi

Operadora já recebeu cerca de R$ 7 bi do BNDES

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A decisão do governo de não colocar mais recursos públicos na Oi está sendo revista e o BNDES e os fundos de pensão de empresas estatais poderão investir mais recursos na empresa. Representantes do banco e dos fundos reuniram-se nesta semana para discutir um aporte de capital dentro do plano de reestruturação da telefônica depois da fusão com a Portugal Telecom. O investimentos seria em torno de R$ 600 milhões e o BNDES, sozinho, alocaria mais R$ 700 milhões.

Os recursos comporiam um fundo de investimento criado pelo banco BTG Pactual num total de R$ 2 bilhões. Participariam também desse aporte investidores privados, entre eles a LF Telecom (grupo Jereissati) e AG Telecom (da Andrade Gutierrez) que já são sócios da empresa. A Oi também se comprometeu a subscrever um aumento de R$ 14 bilhões em seu capital para fortalecer o balanço patrimonial da nova companhia.

Além dos financiamentos já feitos para a operadora, o BNDES tem ainda cerca de 17% do capital da empresa. Em 2008, foi feito um empréstimo de R$ 2,5 bilhões para capitalização da companhia, sendo que R$ 1,3 bilhão foi entregue diretamente aos acionistas controladores majoritários, a Andrade Gutierrez e a La Fonte. No ano seguinte, foram mais R$ 5,4 bilhões para bancar o plano de reestruturação da empresa. Mais recentemente, foi feito novo aporte dessa vez para aumento de capital, no total de R$ 2 bilhões.

Outro banco estatal que também vem fazendo aportes na Oi é o Banco do Brasil que já emprestou à operadora R$ 4,3 bilhões que foram usados na aquisição de outra operadora, a BrT, dentro da política do governo – já abandonada – de estimular a formação de grandes multinacionais totalmente brasileiras. No total, a Oi tem em financiamentos públicos R$ 14,2 bilhões, o que representa 47% do total da dívida da empresa de R$ 30 bilhões.