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Após queda de segunda-feira, ações da Petrobras têm discreta recuperação

Ibovespa fecha em queda pelo segundo dia consecutivo; dessa vez por conta do PIB

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As ações da Petrobras apresentaram melhora nesta terça-feira (3), mas ainda estão longe de recuperar as perdas da queda de segunda-feira (2). Os papéis ordinários da estatal fecharam com um aumento de 0,91% na Bovespa, sendo vendidas a R$ 16,57 e as preferenciais registraram avanço de 0,86%, pelo preço de R$ 17,51. 

Após realizar reajuste do preço dos combustíveis e optar por não divulgar detalhes dessa nova política, as ações da Petrobras caíram vertiginosamente segunda-feira. Em evento em São Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não quis comentar o declínio dos papéis da companhia. A queda resultou na perda de R$ 24 bilhões no valor de mercado da empresa e grandes corretoras recomendam a venda das ações da companhia. O índice Ibovespa também fechou em queda por conta da petroleira, registrando desvalorização de 2,36%, pior porcentagem desde setembro. 

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O declínio gerou reações de defesa do mercado. O Credit Suisse, por exemplo, passou a classificar as ações da Petrobras como “underperform”, o que equivale a venda. Desde o início do ano, eram classificadas pela expressão “outperform”, referente a compra. Segundo analistas da corretora, a petroleira passou a receber o título de “outperform” por conta de três expectativas: maior crescimento da produção, credibilidade da gestão e a chance de uma atitude benéfica ao aumentar os preços. No entanto, de acordo com o Credit Suisse, apenas o crescimento de produção não decepcionou.

O Deutsche Bank também demonstrou descontentamento com o reajuste de preços da petroleira. Em relatório divulgado pela empresa, "o aumento está abaixo do que a Petrobras precisa para fechar o 'gap' com os preços internacionais e acabar com perdas”. O documento ainda alerta o mercado, informando que essa pode ser a última elevação de preços até as eleições presidenciais de 2014.

Nesta terça-feira, o Ibovespa continuou encerrando o dia em queda. Das 72 ações que fazem parte do índice, apenas quatro fecharam em alta e somente uma com avanço superior a 1%. Dessa vez, a queda foi por conta do recuo de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro trimestre. Essa é a maior retração do PIB desde 2009.

*Do programa de estágio do Jornal do Brasil