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Inadimplência fecha 2012 em 7,9%, maior valor desde 2009

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O Banco Central informou nesta sexta-feira que a taxa de inadimplência das pessoas físicas, que mede o atraso de pagamento superior a 90 dias, chegou a 7,9% em dezembro, o maior patamar desde novembro de 2009, quando ficou em 8%. No acumulado de 2012, a inadimplência de pessoas físicas subiu 0,5 ponto percentual (era de 7,4% no fim de 2011).

Já a taxa de inadimplência das operações dos bancos com as empresas somou 4% em dezembro do ano passado. Em 2012, segundo o BC, houve crescimento de 0,1 ponto percentual, uma vez que a inadimplência das empresas somou 3,9% no fechamento do ano passado.

Em dezembro, a disponibilidade adicional de recursos provenientes do recebimento do décimo terceiro salário traduziu-se em menor demanda de crédito por parte das famílias. Em consequência, os saldos de cheque especial, cartão de crédito e crédito pessoal registraram recuos mensais de 8,2%, 1,2% e 0,1%, respectivamente, ao passo que os financiamentos para aquisição de veículos elevaram-se 0,6%. Em doze meses, as carteiras dessas modalidades mostraram variações de -0,2%, 4,1%, 14,9% e 8,2%, nessa ordem.

Dentre as modalidades destinadas a pessoas jurídicas, sobressaíram as operações de capital de giro, cujo saldo apresentou expansões de 2,9% no mês e 18,7% em doze meses, totalizando R$372 bilhões em dezembro. O desconto de duplicatas, impulsionado pela sazonalidade da demanda, cresceu 9,5% no mês e 14,1% no ano, atingindo R$23 bilhões. As operações de ACC somaram R$45 bilhões, registrando retração de 4,1% no mês e incremento de 18% em relação a dezembro de 2011.

As taxas de juros do crédito referencial permaneceram em declínio, em linha com a manutenção da política monetária e favorecido pela acomodação dos índices de inadimplência. Dessa forma, novamente foram registrados os menores patamares das séries históricas, situando-se a taxa média geral em 28,1% a.a. em dezembro, após retrações de 0,8 p.p. no mês e 9 p.p. no ano. O spread bancário apresentou comportamento similar, ao recuar 0,5 p.p. e 5,8 p.p. nas mesmas bases comparativas, posicionando-se em 21,1 p.p.

A taxa média referente às operações com pessoas físicas recuou 0,2 p.p. no mês e 9,2 p.p. em doze meses, alcançando 34,6%, a partir das retrações mensais de 3,4 p.p. na taxa média do cheque especial e de 0,5 p.p. nos financiamentos de veículos. A taxa relativa às operações com pessoas jurídicas, após reduções mensais de 6 p.p. em conta garantida, 1,2 p.p. em desconto de duplicatas e 1,2 p.p. em capital de giro, situou-se em 20,6%, assinalando decréscimos de 1,1 p.p. no mês e 7,6 p.p. no ano.