ASSINE
search button

Espanha: aprovado orçamento austero de 2013

Vice-presidente promete que país será o último da UE em recessão

Compartilhar

O governo da Espanha aprovou o orçamento para 2013 nesta quinta-feira (27). O documento é marcado pela austeridade como forma de reduzir a dívida pública do país, e também conta com novo plano de reformas que inclui a criação de uma “autoridade orçamentária independente”, cujo objetivo será o controle fiscal.

"É um orçamento de tempos de crise, mais precisamente para sair da crise", afirmou a vice-presidente do governo, Soraya Sáenz de Santamaría. Segundo ela,  o orçamento é marcado "mais pela redução das despesas do que pela criação de novas receitas". A vice-presidente ressaltou também que 63% do gasto total são destinados à área social. 

>> NYT diz que Espanha tranca o lixo por conta da fome da população

>> Manifestação em Madri leva milhares às ruas e confrontos com a polícia 

De acordo com o governo espanhol, no cenário de crise, aumentam as verbas para aposentadorias, os auxílios (em educação) e os juros da dívida pública. A meta é que o déficit público corresponda a 6,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no final deste ano, e 4,5% em 2013.

O ministro das Finanças e da Administração Pública, Cristóbal Montoro, disse que o ajuste não atinge os gastos sociais. “Dizer que não há proteção do caráter social na Espanha é não reconhecer as cifras mais básicas e fundamentais do orçamento”, afirmou Montoro.

O governo espanhol estima que 2013 será o último ano de recessão econômica no país e que haverá recuperação do consumo privado, bem como das exportações. Em relação ao desemprego, que atualmente atinge 25% da população economicamente ativa, a expectativa oficial é de que esta taxa permanecerá em “níveis muito similares” à deste ano, mas que 2013 será o último com retrocesso do emprego.

A verba dos ministérios espanhóis foi diminuída em 8.9%, cerca de 3,8 bilhões de euros, com receita inferior a 40 bilhões de euros, de acordo com Montoro.   

Mercados

Nos mercados financeiros, a recepção do anúncio foi positiva. As bolsas de valores européias registraram movimento positivo ao novo orçamento, menos o índice IBEX 35, de Madri, que teve queda de 0,15%. A bolsa de Paris subiu 0,72% e seu indicador, CAC 40, fechou em 3.439 pontos. Em Frankfurt, o principal índice, o Dax, subiu 0,19% e fechou a 7.290 pontos. Em Londres, o índice FTSE-100 dos principais valores teve alta de 0,20%, a 5.779 pontos

No Brasil, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), operava em queda de 0,29%, às 17h03, mas chegou a registrar perdas de 1% no início da sessão.