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Bovespa encerra em queda por perdas da Petrobras e do cenário externo

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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou a quinta-feira (3) em queda de 0,51%, aos 61.104 pontos. A bolsa iniciou a sessão em alta, mas as possíveis mudanças nas regras da poupança, que serão anunciadas nesta noite pela presidente Dilma Rousseff e podem significar novas reduções na taxa básica de juros (Selic), trouxeram instabilidade ao mercado. O volume negociado foi de R$ 6,78 bilhões. O dólar fechou o dia com desvalorização de 0,64%, cotado a R$ 1,912 para venda e R$ 1,911 para compra.

Mercado

No mercado, destaque negativo para as ações da petrolífera Petrobras, cujos ativos ordinários e preferenciais caíram 3,12% e 2,73%, cotados a R$ 22,34 e R$ 21,40, respectivamente. Isso se deu por conta da notícia de que a diretoria da empresa deverá ser completamente alterada, conforme anunciou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

Os papéis ordinários e preferenciais da Vale também registraram desvalorização de 1,02% e 0,62%, a R$ 42,76 e R$ 41,54. As ações da petroleira do bilionário Eike Batista, OGX Petróleo, tiveram recuo de 1,79%, a R$ 13,75. Juntas, os ativos dessas companhias representam quase 30% do Ibovespa.

Na ponta positiva da bolsa, as ações de construção civil foram as que tiveram as maiores altas. Os papéis da Gafisa subiram 7,63%, cotados a R$ 3,95, da PDG Realty avançaram 6,37%, a R$ 5,01, da MRV Engenharia tiveram ganhos de 5,58%, a R$ 12,30, e da Rossi Residencial se valorizaram 4,12%, a R$ 8,34. A Light completou a quinta maior alta do dia, com valorização de 3,01%, a R$ 25,66.

Por outro lado, as ações da Marfrig caiu 6,44%, a R$ 9,59, os ativos ordinários da TIM recuaram 5,84%, a R$ 10,65, e os da Gerdau caíram 3,66%, a R$ 22,63. Completaram as cinco maiores perdas do dia as ações da LLX, que desvalorizaram 3,38%, a R$ 3,14, e da Cemig, com recuo de 3,17%, a R$ 36,02. No caso da TIM, a queda foi devida a rumores de que o conselho de administração da Telecom Itália já teria aprovado a demissão do presidente da empresa, Luca Luciani.

Cenário externo

Nos Estados Unidos, os principais índices encerraram em queda, impulsionados por dados negativos do setor de serviços. Apesar de os números de pedidos de auxílio-desemprego terem sido abaixo do esperado - foram registrados 365 mil novos pedidos, quando a expectativa era de 375 mil solicitações -, o mercado está apreensivo com o resultado do Relatório de Emprego, que será divulgado nesta sexta-feira (4).

Como efeito, o Nasdaq Composite, que agrega as ações de tecnologia, fechou em baixa de 1,16%  aos 3.024 pontos, enquanto o S&P 500, que agrupa as 500 principais empresas dos EUA, encerrou a sessão com desvalorização de 0,77%, aos 1.392 pontos. O Dow Jones, que mede desempenho das 30 principais blue chips dos EUA, caiu 0,47%, aos 13.207 pontos

Na Europa, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, anunciou que manterá a taxa básica de juro da Zona do Euro em 1%. Ele reiterou que a economia europeia deve ter recuperação gradual ao longo de 2012, mas disse que os ‘riscos de deterioração’ continuam e as perspectivas são ‘mais incertas’.

Para o mercado, a Grécia continua a ser uma das possíveis fontes de risco. A agência de classificação de risco Fitch's não descarta a possibilidade de que o país tenha de deixar a Zona do Euro.

O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, teve valorização de 0,15%, aos 5.767 pontos, enquanto o IBEX 35, da Bolsa de Madri, avançou 0,29%, aos 6.852 pontos. Já o DAX, em Frankfurt, teve queda de 0,24%, aos 6.694 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 desvalorizou 0,09%, aos 3.223 pontos.