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Brasil pressiona países ricos por acordo na Rodada de Doha

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REUTERS

JACARTA - As nações ricas têm a maior responsabilidade de garantir avanços nas negociações sobre o comércio global, afirmou o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, nesta terça-feira, ao mesmo tempo em que o comissário de Comércio da União Européia alertou sobre o esgotamento do prazo para um acordo.

Países em desenvolvimento terão uma reunião na quarta-feira na Indonésia para discutir alguns pontos envolvendo as complicadas negociações da Rodada de Doha.

A rodada, lançada há cinco anos, foi relançada em janeiro depois de seis meses de suspensão, provocada por uma série de diferenças entre as grandes nações, especialmente na questão dos subsídios agrícolas dos Estados Unidos e da União Européia.

'Falando agora em relação às nações em desenvolvimento, nós estamos preparados para fazer nossa parte, mas, é claro, os grandes países, as grandes potências, eles têm que assumir a maior responsabilidade, especialmente eliminando ou reduzindo seus subsídios', afirmou Amorim, após uma reunião com o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono.

Amorim disse ainda, durante entrevista coletiva, que é importante que os países desenvolvidos, em particular os Estados Unidos e a União Européia, 'estejam todos comprometidos com a conclusão das negociações', mesmo quando estiverem defendendo seus interesses.

O comissário de Comércio da UE, Peter Mandelson, que também participará do encontro na quarta-feira, afirmou que o tempo está se esgotando.

'Estarei revendo com eles os progressos feitos pelo G4 desde o começo do ano e dividindo minhas análises... estamos agora indo em direção a sérias limitações de tempo já que a autoridade para promoção de negócios das autoridades norte-americanas vai expirar no final de junho', afirmou Mandelson, segundo um porta-voz.