Reuters
RIO DE JANEIRO - O leilão de venda do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Berj) acabou fracassando nesta quarta-feira por falta de propostas e um novo processo terá que ser iniciado para que a instituição vá à venda novamente.
Bradesco e Itaú foram as únicas instituições a apresentarem garantias na véspera para participar do leilão, mas o Itaú acabou não comparecendo e o Bradesco, por sua vez, não apresentou proposta.
Com isso, o governo do Estado do Rio de Janeiro terá que abrir um novo processo para vender a instituição.
Na véspera, o Bradesco havia pedido uma decisão liminar da Justiça para adiar o leilão. O pedido chegou a ser aceito, mas foi cancelado em seguida por decisão do presidente do Tribunal de Justiça do Rio.
A venda programada para esta quarta-feira contemplava um bloco único de 55,61 por cento das ações ordinárias e 40,63 por cento das ações preferenciais pertencentes ao Estado do Rio de Janeiro, e que representam 96,23 por cento do capital social do Berj, segundo o edital do leilão.
O preço mínimo de venda do banco estava fixado em 738,6 milhões de reais.
O capital social do Berj é de 4,2 bilhões de reais, resultante de um aumento de capital realizado pelo Estado com os próprios créditos a receber que o banco possui.
O Berj é a parte restante do Banerj, que foi comprado pelo Itaú durante processo de privatização em 1997.