RIO - O Brasil terá que aumentar seus investimentos na área de energia para sustentar o crescimento econômico das próximas décadas. Por isso, terá que construir pelo menos quatro usinas nucleares e novas centrais hidroelétricas, disse nesta quarta-feira a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Segundo o 'Plano Nacional de Energia para 2030', apresentado em Brasília por esta entidade do Ministério de Minas e Energia, cada nova usina nuclear terá capacidade para gerar 1.000 megawatts de eletricidade. Duas serão construídas em estados da região Nordeste e duas no Sudeste.
O plano oficial prevê também a construção de Angra 3, que se juntaria a Angra 1 e a Angra 2 no Rio de Janeiro, e com uma capacidade conjunta de produção de cerca de 2.000 megawatts.
As projeções oficiais se baseiam em um crescimento médio de 4,1% da economia até 2030 e em um aumento anual de 3,5% na demanda de energia. A energia nuclear representará 3,8% da expansão da oferta total de energia programada para o período que vai de 2016 a 2030, indica o plano.
Também está contemplada a geração de 61.300 megawatts de energia hidroelétrica produzida em grandes centrais, e outros 7.000 megawatts em pequenas unidades. Outros 16.000 megawatts serão gerados em centrais termoelétricas movidas a gás natural, 8.000 megawatts virão do carvão nacional e importado, quase 5.000 megawatts serão obtidos com a queima de biomassas de cana de açúcar e 3.300 megawatts serão provenientes da energia eólica.
A capacidade instalada de eletricidade do Brasil é hoje de 86.000 megawatts.
Em entrevista coletiva o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, explicou que o Brasil precisará, além disso, terminar a construção de cinco novas refinarias de petróleo antes de 2030.