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Confiança dos comerciantes tem leve alta após cinco meses de queda, aponta Icec

Índice de Confiança do Empresário do Comércio aumentou 0,2% em relação a agosto, mas intenção de investimento atinge em setembro o menor nível do ano

Reprodução -
CNC
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Apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) alcançou 106,1 pontos no mês de setembro. Na comparação com agosto, o indicador teve leve aumento de 0,2%, na série com ajuste sazonal, registrando a primeira alta em cinco meses. Para a CNC, no entanto, esse resultado não indica uma tendência de retomada de investimentos no setor. 

O levantamento da entidade mostra que o subíndice que captura a avaliação das condições correntes da economia aumentou 0,9% na passagem de agosto para setembro, e 1,8% na comparação anual. Apesar da pequena melhora na avaliação das condições correntes da economia, 62,9% dos empresários do varejo observaram deterioração significativa do cenário econômico brasileiro nos últimos meses. Segundo Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC, a desvalorização do real nos últimos meses tem demonstrado potencial para contaminar os preços no médio prazo e poderá se somar às pressões já existentes, advindas de reajustes significativos nos itens com preços administrados. “Apesar da inexistência de pressões de demanda nesse momento, a combinação desses dois fatores deverá comprimir o orçamento das famílias e dificultar o cenário para o varejo até o fim deste ano”, prevê Bentes. 

Menos investimentos e vagas temporárias no Natal 

A lentidão da recuperação econômica e a indefinição do cenário político apontam para um adiamento de investimentos nas empresas, estoques e contratação de funcionários. O subíndice relativo aos investimentos recuou pelo quinto mês consecutivo (-0,3%), registrando 94,6 pontos. Desde o último mês de maio, esse indicador acumula queda de 4,8%, regredindo ao seu menor nível desde dezembro de 2017 (92,46 pontos). 

Embora a intenção de contratação tenha avançado 0,3% em termos mensais, desde maio, nota-se uma maior deterioração na expectativa de contratação de funcionários (-6,3%). No mesmo período, as perspectivas de investimentos nas empresas e nos estoques variaram -3,7% e -1,9%, respectivamente.Setembro marca o início do período de contratações de trabalhadores temporários para as vendas de fim de ano. Para este Natal, a CNC projeta a oferta de 72,7 mil vagas temporárias – queda de 1,7% em relação às 73,9 mil vagas oferecidas no mesmo período do ano passado.

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cnc | economia | informe | taxa