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CNC revisa de -0,5% para -0,7% previsão para setor de serviços em 2018

Nova projeção considera resultados recentes e elevado grau de incerteza

Reprodução -
CNC
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Após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar que o volume de receitas do setor se serviços recuou 2,2% na passagem de junho para julho, já descontados os efeitos sazonais, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou de -0,5% para -0,7% a previsão para o volume de vendas do segmento em 2018. A queda em julho, constatada na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto, é a quinta do setor de serviços este ano e, excetuando o resultado atípico de maio (-3,4%), a maior retração mensal desde março de 2017.

Para a CNC, apesar dos juros mais baixos tanto para consumo quanto para investimentos, o maior setor da economia segue em stand by diante do atual cenário político-econômico. “Além de não serem serviços de primeira necessidade, os serviços prestados às famílias e analisados pela PMS respondem por menos de 10% do total de receitas das atividades envolvidas na pesquisa e vêm, portanto, sendo postergados até que o mercado de trabalho dê sinais mais contundentes de recuperação. Os investimentos, por sua vez, carecem de previsibilidade mínima para que os serviços prestados entre as empresas voltem a reagir”, explica Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação.

Ainda de acordo com os dados que o IBGE divulgou hoje (14), o recuo de julho se deveu, principalmente, ao fraco desempenho na geração de receitas do setor de transportes (-4%) e dos serviços de informação (-2,2%). Os serviços prestados às famílias também apresentaram queda (-0,5%) na comparação com julho de 2017, explicitando a fraqueza na recuperação econômica por parte dessas atividades. Na média, todos os serviços avaliados acusaram queda de 0,3% no período, destacando-se os serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,8%).

Ponto positivo: prestação de serviços às famílias ameniza resultados

Ponto positivo dos dados, a prestação de serviços às famílias avançou (+3,1%) e registrou seu melhor resultado desde setembro de 2017 (+3,8%), evitando um recuo ainda mais acentuado do setor. “O aumento no volume de serviços prestados às famílias decorreu de um expressivo avanço do grupo alojamento e alimentação, cuja taxa de variação de +4,0% foi a maior dos últimos dez meses. Esse resultado pode ser explicado pelo comportamento dos preços desses serviços, que, segundo o deflator da própria PMS, apresentaram recuo médio de 1,6% ante o mês anterior, a maior queda desde fevereiro de 2017, de -1,9%. No entanto, a recuperação do setor segue distante, já que o atual volume de receitas ainda se encontra 11% do nível anterior à última recessão”, complementa Bentes.

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cnc | economia | taxa