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Percepção da economia piora para 72% dos varejistas

Índice de Confiança do Empresário do Comércio registrou 103,7 pontos

Reprodução -
CNC
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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou para 103,7 pontos no mês de agosto. Na comparação com julho, o indicador teve redução de 2,5%, na série com ajuste sazonal. As frustrações decorrentes do fraco desempenho da economia fizeram com que 72% dos empresários do varejo observassem deterioração significativa do cenário econômico brasileiro nos últimos meses. 

“A desvalorização do real, o ritmo fraco do mercado de trabalho, as pressões de custos e o cenário externo mais desfavorável têm levado a economia e o comércio a um ritmo de crescimento mais fraco nos últimos meses”, afirma Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC. 

O levantamento da entidade mostra que o subíndice que captura a avaliação das condições correntes da economia encolheu 6,1% na passagem de julho para agosto e, pela primeira vez em mais de dois anos, retrocedeu no comparativo anual (-2,6% ante agosto de 2017). 

Situada nos 133,7 pontos, a expectativa em relação ao desempenho econômico do País atingiu, em agosto, seu menor patamar dos últimos 12 meses. “A elevada incerteza do cenário político a menos de um mês e meio do primeiro turno das eleições nos leva a projetar um crescimento menor das vendas no segundo semestre”, pontua Bentes. 

Geração de 34 mil postos de trabalho no varejo 

Diante do cenário corrente menos favorável ao consumo e das expectativas menos positivas para o setor, o subíndice relativo aos investimentos acusou a mesma tendência dos demais indicadores do Icec, recuando 0,9% em relação a julho. 

Dentre os componentes relativos aos investimentos, a contratação de funcionários ainda é aquela que aponta o futuro de forma mais positiva (acima dos 100 pontos), na medida em que mais da metade dos empresários do setor (56,9%) ainda pretende aumentar o quadro de funcionários nos próximos meses. 

A expectativa da CNC quanto à geração de postos de trabalho no varejo ainda se mantém positiva (+34 mil postos de trabalho em 2018), apesar do menor otimismo ante as previsões traçadas no início do ano. No ano passado, o comércio varejista registrou seu primeiro saldo positivo de vagas formais (+30,2 mil) após acumular corte de 351 empregos formais durante a recessão.

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