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Pag. 17 - Fim de jogo para a elite

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Sob ameaça de fechamento, Countr y Club de Caracas reflete conflito entre Hugo Chávez e a classe rica do país Oásis burguês no meio de Caracas, clube reúne elite que vive marcada pelo medo num país socialista Simon Romero THE NEW YORK TIMES Os jogadores de golfe ainda discutem sobre obstáculos. Os garçons ainda servem taças de Moê e Chandon. A luz do sol ainda brilha nas terras criadas em 1920 pela Olmsted Brothers, estimada empresa americana de paisagistas.

A utopia do Caracas Country Club, fortaleza da elite venezuelana, ainda parece intacta. Porém, não por muito tempo.

Um jornal estatal publicou um estudo que diz que, se o gover no confiscar a terra do Caracas Country Club, poderá construir moradias para 4 mil famílias.

A ideia dificilmente será posta em prática. Afinal, o governo desapropriou centenas de empresas somente este ano, e milhares de pessoas estão desabrigadas por causa das fortes chuvas, acentuando uma grave falta de moradia.

A pedido do presidente Hugo Chávez, vítimas da enchente já se mudaram para hotéis, museus, o Ministério das Relações Exteriores e até seu gabinete, já que Chavez garante que vai ficar numa barraca que ele ganhou de presente, de Moammar Gadhafi, líder da Líbiba.

– Estamos esperando – diz Manuel Fuentes, 69, vice-presidente do clube, com o inglês que aprendeu enquanto estudou na Academia Militar de Nova York. – Seria uma tragé dia para a cidade perder este ícone, mas é uma situação que somos forçados a reco nhecer.

O clube reúne contrastes da Venezuela socialista, onde a elite ainda ostenta luxo, mesmo vivendo entre a resignação e o medo. Membros dizem que o preço de adesão baixou de US$ 150 mil para US$ 100 mil, em função do estigma de pertencer a um clube na mira do governo bolivariano de Hugo Chávez.

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