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Cinema cult de Copacabana exibe mostra com ícones subversivos do rock, de ‘Tommy’ a Iron Maiden

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Signo de subversão nas telas do cinema inglês, Ken Russell (1927-2011) vai ganhar um tributo póstumo em solo carioca na abertura da mostra Som e Imagem, hoje, no Cine Joia, às 20h. O evento, que segue até 29 de julho com cults de diferentes países, inaugura sua seleção com a ópera rock “Tommy”, de 1975. Tem Roger Daltrey, Elton John, Tina Turner e Eric Clapton no repertório deste exótico musical sobre um menino, craque de pinball, que desenvolve surdez e cegueira psicológicas, devido a experiências traumáticas na infância. 

Habilidoso nos jogos, o rapaz ganha fama como campeão de fliperama, tornando-se ídolo nacional. São 111 minutos de uma narrativa lisérgica, típica da estética provocativa de Russell. Ann-Margaret é um dos destaques do elenco e chegou a concorrer ao Oscar de Melhor Atriz por seu desempenho. É Daltrey quem vive Tommy neste sucesso de bilheteria, que custou US$ 5 milhões e arrecadou US$ 34 milhões nos EUA. 

Nesta quarta, o festival do Cine Joia segue com “The Doors”, de Oliver Stone, produção de 1991 com Val Kilmer na pele do poeta e cantor Jim Morrison, que morreu em Paris em 1971, com apenas 27 anos de idade. Na quinta, a retrospectiva desencava do limbo o polemista Alan Parker, realizador de múltiplos fenômenos populares que levou as reflexões estéticas do Pink Floyd às telas com “The Wall”. Na sexta, é a vez de “Iron Maiden: Flight 666”, de Sam Dunn e Scot McFadyen. 

Para o encerramento, o Joia programou os filmes “Nasce um cantor” (“The jazz singer”), de Richard Fleischer, para sábado, e “Giorgio Moroder’s Metropolis”, para domingo. 

* Roteirista e presidente da Associação de Críticos do Rio de Janeiro