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Quase engraçado: confira crítica do filme "Uma quase dupla"

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Gênero tradicional no cinema, os policiais com duplas de protagonistas, muitas delas cômicas, quase sempre rendem boa diversão – Mel Gibson e Danny Glover (“Máquina mortífera”), Jackie Chan e Chris Tucker (“A hora do rush”), Russel Crowe e Ryan Gosling (“Dois caras legais”) são alguns dos exemplos de parcerias bem azeitadas que renderam engraçadas produções. 

Tatá Werneck e Cauã Reymond tentam repetir no Brasil o sucesso deste tipo de produção com “Uma quase dupla”, novo filme de Marcus Baldini. Na comédia brasileira, os dois vivem policiais com pouca coisa em comum e que têm que unir forças para solucionar assassinatos em Joinlândia, cidadezinha do interior. Ela é Keyla, profissional experiente que vem da cidade grande e tem métodos próprios de resolver os crimes. Ele é Claudio, o subdelegado local, boa gente, mas completamente tapado e que ainda vive na barra da saia da mãe. 

As diferenças entre a dupla são o mote de boa parte do humor rasteiro da produção, mas são poucas as situações realmente engraçadas. Tatá entrega o que se espera dela, todos os cacoetes já conhecidos de seu estilo estão na tela – e sua dicção continua péssima; na maior parte do filme, fica difícil entender o que está falando. Já Cauã, até constrói bem seu personagem, mas o texto não ajuda. Na essência, “Uma quase dupla” não é diferente das comédias brasileiras dos últimos anos e, possivelmente, deve fazer sucesso e ter continuações. 

* Jornalista

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UMA QUASE DUPLA : ** (Regular)

Cotaçõeso Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom

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