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O fantástico senhor Anderson: confira crítica do filme “Ilha dos Cachorros”

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O diretor americano Wes Anderson é um dos poucos que, atualmente, conseguem trabalhar dentro de suas próprias regras e, assim, criar o seu próprio universo cinematográfico, repleto de bizarrices, poesia e muita imaginação. 

Seu novo filme, “Ilha dos Cachorros”, atinge um nível que, mesmo para os padrões “wesleyanos” é bastante alto. E ainda surpreendente. Ele volta à animação stop motion (depois de “O fantástico Mr. Fox”, 2009), para nos entregar uma trama - passada num futuro próximo, no Japão -, onde uma conspiração para eliminar os cães (travestida de epidemia de gripe canina) acaba por os exilar numa ilha/ depósito de lixo. 

Em busca de seu cão guardião, vai um intrépido menino de 12 anos, que acabará por reverter a situação, ao descobrir todo o plano. 

O ritmo do filme é tão bem cadenciado que ficamos presos na cadeira, maravilhados. No decorrer, vamos nos deslumbrando com os ricos detalhes da trama e da animação. Por fim, somos recompensados com um produto original, fascinante, e que, em se tratando de animação atual, não pretende vender bonecos, nem virar série. É feito para crianças mais espertas. E para adultos que não deixam seu espírito lúdico morrer. Assim como o próprio diretor.

Um latido alto, que ele merece!

* Jornalista

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ILHA DOS CACHORROS : **** (Muito Bom)

Cotaçõeso Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom

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