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Machado de Assis, criminalista

Livro apresenta o escritor como conhecedor de conceitos jurídicos

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O livro Machado de Assis, Criminalista -  da Editora Revan - contém resultados da pesquisa Machado de Assis e a Ques­tão Criminal, desenvolvida desde 2014 no Programa de Pós-gra­duação em Direito da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, como requisito do credenciamento docente do autor, Nilo Batista.

Machado de Assis é apresentado como um criminalista. O percurso de Nilo foi muito além de só examinar temas de criminologia. Dedicou-se às minúcias. Pes­quisou todos os livros que Machado tinha em sua biblioteca, para ver aqueles em que poderia ter estudado. Conferiu todas as obras. Apoiou-se em conjecturas. Sempre fazendo observações originais.

Segundo Batista, predominou a opção por visitar uma obra que há muito transcendeu as fronteiras da literatura e da invenção estilística, constituin­do um espelho da sociedade dela contemporânea e fonte inesgotável de informações surpreendentes e intuições desconcertantes sobre a formação social brasileira urbana.

“Importante, para esse livro, é que ele foi o primeiro a perceber que Machado, bela descoberta, aplica numerosíssimos conceitos jurídicos nas suas obras. Especialmente no campo do Direito Penal. E sempre corretamente”, salienta José Paulo Cavalcanti Filho (advogado no Recife, consultor da Unesco, ex-Ministro da Justiça e membro da Academia Pernambucana de Letras), que escreveu o prefácio.

Escrita sofisticada na seara jurídica

Machado de Assis escrevia com tamanha sofisticação técnica na seara jurídica. Mesmo não tendo sido advogado, em meio a tantos juristas ilustres com quem convivia. En­tre eles, só para ficar na Academia Brasileira de Letras, Inglês de Souza, Joaquim Nabuco, Lúcio de Mendonça, Magalhães de Azeredo, Rodri­go Otávio, Ruy Barbosa e Silvio Romero.

É bom lembrar que seus estudos foram precários. Em escolas públicas simples. E sem nunca frequentar universidades. Aprendeu a escrever como um predestinado. E chegou a colaborar com muitos jornais: Marmota Fluminense, Correio Mercantil, Diário do Rio de Janeiro, Jornal das Famílias, Gazeta de Notícias e Semana Ilustrada. Até fundou um, O Jequitinhonha. Mas isso é pouco. Talvez melhor explicação venha do fato de ter tido uma boa formação na burocracia.

Foi tipógrafo e revisor na Imprensa Nacional, Diretor-assistente e Chefe de Seção do Diário Oficial, primeiro Oficial da Secretaria de Agricultura, chegando a ser Diretor Geral de Contabilidade na Secretaria da Indústria do Ministério da Viação. Por especial deferên­cia do ministro Lauro Müller. Seja como for, Nilo não pretendeu alargar seus estudos em um viés psicanalítico. Como advogado criminal, trabalhou só com as provas – os próprios escritos de Machado.

Sobre o autor Nilo Batista

Professor titular de direito penal que foi da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Univer­sidade Candido Mendes. Presidente do Instituto Carioca de Criminolo­gia. Advogado.

Ficha Técnica

Editora: Revan

Autor: Nilo Batista

Preço: R$ 52,00

ISBN: 9788571066151

Idioma: Português

Edição: 1ª edição 2018

Encadernação: Brochura

Número de Páginas: 254

Formato: 16 X 23 X 1,25