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Flip anuncia venda de ingressos

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A 16ª Festa Literária Internacional de Paraty, que se realizará entre os dias 25 e 29 de julho na Costa Verde do Estado do Rio, vai receber 33 convidados, entre brasileiros e estrangeiros  Com curadoria, pelo segundo ano, da jornalista Josélia Aguiar, a Flip 2018 recebe 33 convidados brasileiros e estrangeiros - 17 mulheres e 16 homens. 

Entre os destaques estão o americano Colson Whitehead, vencedor do Prêmio Pulitzer de ficção com o romance “The underground railroad - Os caminhos para a liberdade”, lançado no Brasil no ano passado, a francesa de origem marroquina Leïla Slimani, autora de “Canção de ninar”, e o franco-congolês Alain Mabanckou, que lançou aqui “Memórias de um porco-espinho”. E os brasileiros Sérgio San’Anna, Djamila Ribeiro, Laura Erber e Juliano Garcia Pessanha. Na abertura, Fernanda Montenegro e de Jocy de Oliveira estarão juntas no palco.  evento presta homenagem este ano para a poeta Hilda Hilst.

No ano passado, os debates ocorreram numa igreja na Praça da Matriz porque não havia verba para o aluguel da grande tenda, onde a Flip era feita tradicionalmente. Nesta edição, a tenda voltará a se erguer, porém será menor, com cerca de 450 lugares antes os 700 de edições passadas. Ela será montada na Praça da Matriz. Haverá, ainda, a tenda do telão, com ingressos distribuídos gratuitamente.

Os ingressos para a Flip 2018 vão custar R$ 55 (R$ 27,50 meia) e poderão ser comprados no site da Tickets For Fun ou em pontos de venda indicados pela empresa também em seu site, a partir das 11 horas do dia 26. 

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Programação

Dia 25/7 (quarta)  -  Abertura, às 20h (Mesa 1) -  Hilda, Fernanda e Jocy Fernanda Montenegro e Jocy de Oliveira: Três artistas geniais da mesma geração celebram a arte mais transgressora: Hilda Hilst, homenageada da Flip 2018, Fernanda Montenegro, uma das maiores atrizes brasileiras, e Jocy de Oliveira, pioneira na música de vanguarda hoje dedicada à ópera multimídia.

Dia 26/7 (quinta)

10h - Mesa 2

Performance sonora de Gabriela Greeb e Vasco Pimentel

A voz, a escuta e as divagações literárias e existenciais de Hilda Hilst registradas em fitas magnéticas na década de 1970 serão apresentadas pela cineasta Gabriela Greeb e o sound designer português Vasco Pimentel.

12h - Mesa 3

Barco com asas: Júlia de Carvalho Hansen, Laura Erber e Maria Teresa Horta (em vídeo)

Esse diálogo inusitado reúne, por vídeo, um grande nome da poesia de Portugal do último meio século e, em Paraty, duas poetas brasileiras influenciadas pela lírica portuguesa que têm pontos em comum com Hilda Hilst.

15h30 - Mesa 4

Encontro com livros notáveis: Christopher de Hamel

A religião, a magia, a luxúria e a leitura na época medieval se apresentam nas páginas do Evangelho de Santo Agostinho, do Livro de Kells e de Carmina Burana, comentadas pelo maior especialista do mundo nesses manuscritos.

17h30 - Mesa 5 

Amada vida: Djamila Ribeiro e Selva Almada

Uma ficcionista argentina que escreveu sobre histórias reais de feminicídio e uma feminista negra à frente de uma coleção de livros conversam sobre como fazer da literatura um modo de resistir à violência.

Da perda

Performance de Bell Puã, slammer pernambucana, a partir de tema de Hilda Hilst.

20h - Mesa 6

Animal agonizante: Sergio Sant’Anna e Gustavo Pacheco

Um grande mestre da literatura brasileira que abordou o desejo, a solidão e a morte relembra sua trajetória ao lado de um leitor seu e autor estreante elogiado pela crítica portuguesa com histórias de humanos e outros primatas.

Dia 27/7 (sexta)

10h - Mesa 7

Poeta na torre de capim: Ligia Fonseca Ferreira e Ricardo Domeneck

A falta de leitores e o silêncio da crítica, como reclamava Hilda Hilst: para esse debate, encontram-se a grande especialista no poeta negro Luiz Gama e um poeta e editor atento a nomes ainda fora do cânone, como Hilda Machado, que morreu inédita em livro.

12h - Mesa 8

Minha casa: Fabio Pusterla e Igiaba Scego

Fazer literatura tendo uma língua comum - o italiano - e diferentes aportes, fronteiras e paisagens geográficas e literárias: nesse diálogo, reúnem-se o poeta de um país poliglota, que é tradutor do português, e uma romancista filha de imigrantes da Somália, que escreveu sobre Caetano Veloso.

15h30 - Mesa 9

Memórias de porco-espinho: Alain Mabanckou

O absurdo e o riso, Beckett, culturas africanas, escrita criativa e crítica da razão negra: a trajetória e o pensamento de um poeta e romancista franco-congolês premiado se revelam nessa conversa com dois entrevistadores.

17h30 - Mesa 10

Interdito: Do desejo

Performance do escritor e artista visual paulista Ricardo Domeneck, a partir de tema de Hilda Hilst.

André Aciman e Leila Slimani

O exercício da liberdade de escrever e a escolha de temas tabu ou proibidos - a exemplo do homoerotismo, da sexualidade feminina e da religião - são as questões tratadas nesse diálogo entre dois romancistas, um judeu americano de origem egípcia e uma francesa de origem marroquina.

20h - Mesa 11

A santa e a serpente: Eliane Robert Moraes e Iara Jamra

A obra de Hilda Hilst em poesia e prosa é vista tanto em sua dimensão corpórea quanto mística por uma ensaísta que atua na fronteira entre a literatura e a filosofia, enquanto são feitas leituras por uma atriz que encarnou a sua personagem mais famosa - Lori Lamby.

Dia 28/7 (sábado)

10h - Mesa 12

Som e fúria: Jocy de Oliveira e Vasco Pimentel

A escuta e a criação de universos sonoros: para esse diálogo, encontram-se uma das pioneiras da música de vanguarda no país, hoje dedicada à ópera multimídia, e um sound designer português - os dois conhecidos pelo rigor e o preciosismo.

12h - Mesa 13

O poder na alcova: Simon Sebag Montefiore

Historiador britânico best-seller que publicou biografias de Stálin, dos Romanov e, agora, de Catarina, a Grande, conta, nessa conversa com dois entrevistadores, como faz para retratar figuras centrais da política em seus pormenores mais íntimos.

15h30 - Mesa 14

Obscena, de tão lúcida: Isabela Figueiredo e Juliano Garcia Pessanha

Uma romancista portuguesa nascida em Moçambique que tratou de temas como o racismo e a gordofobia se encontra com um narrador de gênero híbrido e filosófico para discutir a escrita de si, os diários e as memórias, o corpo e o desnudamento.

17h30 - Mesa 15

Atravessar o sol: Colson Whitehead e Geovani Martins

O americano vencedor do Pulitzer com um romance histórico sobre escravizados que construíram sua rota de fuga se encontra com um estreante que, da favela do Vidigal, inventa com liberdade seu jeito de narrar e usar as palavras.

Cantares do sem nome

Performance do poeta e artista visual maranhense Reuben da Rocha a partir de tema de Hilda Hilst.

20h - Mesa 16

No pomar do incomum: Liudmila Petruchévskaia

Um dos grandes nomes da literatura russa moderna, comparada a Gogol e Poe por seus contos de horror e fantasia que não dispensam o teor político, relembra sua trajetória proibida por décadas no regime stalinista, hoje aclamada de Moscou a Nova York.

Dia 29/7 (domingo)

10h - Mesa Zé Kleber

De malassombros: Franklin Carvalho e Thereza Maia 

Um narrador do sertão baiano que abordou a mitologia da morte em seu premiado romance de estreia se encontra com uma folclorista que recolheu histórias orais de Paraty, em um diálogo sobre o território e seus encantados.

12h - Mesa 17

Sessão de encerramento: O escritor e seus múltiplos: Eder Chiodetto, Iara Jamra e Zeca Baleiro

Uma atriz, um compositor e um fotógrafo que fizeram obras baseadas em Hilda Hilst relembram os encontros com a autora, o processo de criação e as marcas que a experiência deixou em suas trajetórias.

15h30 - Mesa 18

Livro de cabeceira 

Autores da Flip 2018 leem trechos de seus livros preferido