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Estreia “A peste”, versão para o teatro do célebre romance de 1947 de Albert Camus

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Estreou ontem “A peste”, versão para o teatro do célebre romance de 1947 de Albert Camus. O texto da montagem, que fica em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil até 30 de julho, foi adaptado pelo ator e protagonista Pedro Osório (de “Família Lyons” e “Da vida das marionetes”) e por Guilherme Leme Garcia, que assina a direção ao lado de Vera Holtz. Na história, a cidade de Oran, na Argélia,  é assolada por uma epidemia, enquanto a maioria dos cidadãos dá prosseguimento ao cotidiano como se nada anormal acontecesse. 

Um mal misterioso, “para ensinamento e desgraça dos homens”, começa por matar os ratos da cidade. Em seguida, o zelador do edifício onde mora Bernard Rieux, o protagonista. Depois morrem o padre da cidade, o juiz da mesma, a família deste e muitos outros.

Em carta a Roland Barthes de 1955, o próprio escritor defendia o caráter alegórico de sua obra, afirmando ser “evidente” que o texto abordava a “luta da resistência europeia contra o nazismo”.Para os responsáveis pela adaptação, o texto continua relevante mais de 70 anos depois de sua publicação.  “O livro fala sobre as coisas erradas que acontecem, enquanto as pessoas seguem a vida sem que fosse com elas. Tem muito a ver com o momento do Brasil e do mundo, em que há o crescimento de uma extrema-direita fascista”, diz Pedro. 

SERVIÇO

A peste - Centro Cultural Banco do Brasil (R. Primeiro de Março, 66 - Centro; Tel.: 3808-2052). Qui. a seg., às 19h30. R$ 20 e R$ 10. Até 30/7