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Crítica: A colheita amarga

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Tragédia histórica

A maioria dos leitores deve lembrar quando James Cameron usou uma história de amor para contar a tragédia do Titanic. Aqui, o diretor George Mendeluk tenta a mesma fórmula, usando um dos maiores (e menos conhecido) genocídios da história da humanidade: o confisco das colheitas dos Ucranianos pela Rússia. Ideia de Stalin para deixar sua pátria funcionando e que só foi revelada com o fim da União Soviética.

Lamentavelmente, A Colheita Amarga (“Bitter Harvest”) falha em retratar com a qualidade e profundidade esse triste episódio que custou a vida de sete a dez milhões de Ucranianos, nos anos 30. Usando uma estética televisiva que remete ao pior das produções bíblicas nacionais, clichês e atuações duvidosas a produção consegue ser um fracasso. Somente o interesse histórico pelo acontecimento faz com que se tenha vontade de seguir vendo o filme, já que até o roteiro é repleto de situações forçadas. A mão pesada na direção ainda reforça as incompetências cinematográficas vistas em cena. A tragédia histórica ecoa na ambiciosa produção. 

*Tony Tramell é assistente de direção e jornalista

Cotação: (Péssima)