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Grafite de Banksy em NY defende jornalista turca Zehra Dogan

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Depois de sua defesa dos palestinos e dos imigrantes de Calais, o artista britânico Banksy dá seu apoio à jornalista e artista turca presa Zehra Dogan em um novo mural gigantesco em Manhattan.

Na esquina das ruas Bowery e Houston, o rosto da jovem curda aparece atrás de barrotes em uma parede de 20 metros, rodeado por uma série de palitos riscados como os que são feitos por prisioneiros para contar seus dias em cativeiro. "Libertem Zehra Dogan", se lê na parte inferior do mural.

O "Bowery Mural Wall", no bairro do East Village, recebeu desde o fim da década de 1970 os maiores nomes do grafite, começando por Keith Haring, ou mais recentemente o francês JR. Antes de Banksy, acolheu nos últimos meses uma obra gigantesca da artista Lakwena.

Zehra Dogan "foi condenada a quase três anos de prisão por ter pintado uma única imagem", indicou Banksy em sua conta de Instagram. 

A jovem, nascida em 1989, foi condenada em março de 2017 por sua recriação de uma fotografia tirada pelo exército turco durante os cinco meses de cerco à cidade turca de Nusaybin, no sudeste majoritariamente curdo da Turquia, destruído pelas forças do governo turco. Uma imagem do quadro foi projetada na quinta-feira à noite na parede do East Village.

Banksy revelou outra obra nos últimos dias em Manhattan: um rato - figura emblemática para o artista - correndo atrás dos ponteiros de um relógio situado em um edifício pronto para ser demolido na esquina da Sexta Avenida com a rua 14. 

Conhecido por seu comprometimento político, Banksy mantém o mistério sobre sua identidade verdadeira, e é um dos 10 artistas contemporâneos mais vendidos do mundo, segundo o Artprice.