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Aleph lança edição de 50 anos do livro que inspirou Blade Runner

'Androides sonham com ovelhas elétricas?', obra-prima de Philip K. Dick, ganha edição de luxo

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Nas últimas décadas, Philip K Dick tornou-se o autor de ficção científica com mais textos adaptados para o cinema, mas nenhum filme foi tão aclamado quanto Blade Runner: o caçador de androides, clássico cult de 1982 que foi inspirado no romance Androides sonham com ovelhas elétricas? Em homenagem ao aniversário dessa obra-prima, que completa 50 anos em 2018, e ganha continuação nos cinemas agora em outubro, a Aleph preparou uma edição de luxo que segue a mesma linha de outras edições comemorativas já publicadas pela editora, como Laranja Mecânica – 50 anos, Neuromancer – 30 anos Forrest Gump – 30 anos, que trazem, além de acabamento diferenciado, materiais extras para enriquecer e aprofundar a experiência da leitura.

O projeto conta com ilustrações inéditas feitas por um time seleto de 10 artistas, nacionais e estrangeiros, cujo trabalho dialoga com o universo de Dick. A ideia foi desenvolver um novo olhar sobre os personagens e cenários da história, recriando uma estética que vai além daquela difundida pelo filme. Colaboram com suas criações os ingleses Dave McKean e Rebecca Hendin, o argentino Liniers, o norte-americano Peter Kuper, a ucraniana Elena Gumeniuk, o italiano Antonello Silverini e os brasileiros Guilherme Petreca, Gustavo Duarte, Danilo Beyruth e Bianca Pinheiro.

Androides – 50 anos ainda apresenta dois textos inéditos: um prefácio exclusivo assinado pelo escritor e jornalista argentino Rodrigo Frésan, leitor assíduo de ficção científica, especialmente da obra de PKD, que retrata a conturbada e impressionante vida do autor; e um ensaio assinado por Douglas Kellner e Steven Best (professoras na Universidade da Califórnia e na Universidade do Texas, respectivamente), no qual  analisam os cenários pós-apocalípticos criados por Dick nesta e em outras obras.

Esta edição comemorativa mantém os extras presentas na edição regular de Androides sonham com ovelhas elétricas?, que a Aleph publica desde 2014: uma carta do autor para os produtores de Blade Runner, na qual profetiza o sucesso da produção; a última entrevista concedida por Dick, publicada em 1982 na revista The Twilight Zone Magazine na ocasião do lançamento do filme; e um posfácio escrito pelo tradutor do livro, Ronaldo Bressane, que avalia Androides em comparação com Blade Runner e comenta aspectos da obra não explorados no cinema, como a preocupação ambiental, além das questões religiosas e metafísicas presentes no texto.

Após 35 anos do lançamento de Blade Runner, a sua continuação, Blade Runner 2049, estreia com forte expectativa no dia 05 de outubro nos cinemas. O longa traz direção de Denis Villeneuve (A Chegada e O Homem Duplicado) e Harrison Ford e Ryan Gosling no elenco.

Sinopse

Rick Deckard é um caçador de recompensas. Ao contrário da maioria da população que sobreviveu à guerra atômica, não emigrou para as colônias interplanetárias após a devastação da Terra, permanecendo numa San Francisco decadente, coberta pela poeira radioativa que dizimou inúmeras espécies de animais e plantas. Na tentativa de trazer algum alento e sentido à sua existência, Deckard busca melhorar seu padrão de vida até que finalmente consiga substituir sua ovelha de estimação elétrica por um animal verdadeiro; um sonho de consumo que vai além de sua condição financeira. Um novo trabalho parece ser o ponto de virada para Rick: perseguir seis androides fugitivos e aposentá-los. Mas suas convicções podem mudar quando percebe que a linha que separa o real do fabricado não é mais tão nítida como ele acreditava.  

Em Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?, Philip K. Dick cria uma atmosfera sombria e perturbadora para contar uma história impressionante, e, claro, abordar questões filosóficas profundas sobre a natureza da vida, da religião, da tecnologia e da própria condição humana.

Philip K. Dick nasceu nos Estados Unidos em 1928. Ao longo de sua vida e de sua carreira, Dick nunca deixou de suspeitar do mundo a sua volta, em aparência e em essência. O profundo questionamento da condição humana e da verdadeira natureza da realidade tornou-se uma marca indelével de sua obra. Tanto que a ficcionista Ursula K. Le Guin chegou a considerá-lo o Jorge Luis Borges norte-americano. Embora não tenha tido o justo reconhecimento em vida, várias de suas obras tornaram-se conhecidas ao serem roteirizadas e transformadas em grandes sucessos do cinema, como o clássico Blade Runner, baseado no romance Androides sonham com ovelhas elétricas?, além de filmes como O vingador do futuroMinority Report e Os agentes do destino, inspirados em seus contos. Autor de mais de 120 contos e 36 romances, dentre eles VALISUbikOs três estigmas de Palmer Eldritch e os premiados O homem do castelo alto e Fluam, minhas lágrimas, disse o policial. Philip K. Dick morreu em 1982, aos 53 anos.