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Il Volo confirma retorno ao Brasil em 2018: 'É nossa 2ª casa'

Após shows em Curitiba e São Paulo, trio se apresenta no Rio

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O trio de tenores italianos “Il Volo” está no Brasil como parte da turnê “Notte Magica – A Tribute to the Three Tenors”, baseada em seu último álbum. Após uma apresentação em Curitiba e três em São Paulo, os jovens seguem para o Rio de Janeiro, onde farão um concerto no próximo dia 28 de setembro.

Em entrevista exclusiva à ANSA, Gianluca Ginoble, Ignazio Boschetto e Piero Barone falaram sobre como surgiu a ideia de homenagear os três principais nomes masculinos da ópera contemporânea, do sucesso conquistado desde a vitória do Festival de Sanremo, em 2015, e de suas principais influências musicais.

Os jovens também confessaram que, com tantos fãs brasileiros, estarão de volta ao país para novos shows em 2018.

ANSA: Como surgiu a ideia de fazer uma turnê em homenagem a Plácido Domingos, José Carreras e Luciano Pavarotti?

Piero: Desde que estamos juntos, 80% do nosso repertório é basicamente igual ao que cantavam os três tenores: os clássicos italianos, espanhóis e norte-americanos. A ideia nasceu disso, já que são os nossos grandes ídolos.

Gianluca: Além do nosso repertório de cover, temos um repertório de canções inéditas, como “Grande Amore”, e outras do disco anterior. Essa foi uma ideia de Plácido Domingo, que aceitou nossa proposta e, em julho, participou de um concerto na piazza Santa Croce, em Florença, onde era maestro da orquestra. Ele também cantou uma canção com nós.

ANSA: Quais os artistas inspiram vocês?

Ignazio: É muito pessoal, porque nós três temos gostos diversos. Mas na vida, eu gosto de artistas como Steve Wonder, Brian Mcknight, Andrea Bocelli, Il Divo, entre outros, mas sempre com esse tipo de repertório. Por sorte ou não sorte, nós não temos método de comparação, porque o tipo de música que fazemos é diferente do que as pessoas da nossa idade estão acostumadas.

Gianluca: A música que inspira e que gostamos são diversas. Não que tenham influenciado nosso CD, mas escutamos Justin Timberlake, Justin Bieber, Maluma.

ANSA: Vocês costumam ouvir músicas brasileiras?

Gianluca: Bossa-nova. É uma relíquia. É o principal gênero musical do Brasil, da América em geral, inclusive o Frank Sinatra fez um disco todo em bossa-nova junto com Tom Jobim, com a música “Garota de Ipanema”.

Ignazio: A bossa-nova com esse repertório é música, melodia, que não morrerá mais, estará sempre na história, como Gilberto Gil, Toquinho com a “Aquarela”, até mesmo o samba.

Piero: Sim, mas agora é o momento do reggaeton, encontrado em todo mundo e todos escutam sempre. É um gênero completo, como se fosse o pop do momento.

ANSA: Os fãs do Brasil são diferentes dos de outros países?

Piero: Nos emocionam muito. O mercado que os três tenores mais alcançaram foi o brasileiro. E, por isso, com esse álbum, nós temos percebido que as pessoas ficaram mais fãs por causa da homenagem que nós estamos fazendo.

Ignazio: Por conta desse álbum, todas as faixas etárias foram tocadas. Os jovens vão nos concertos, mas também conquistamos os pais, os avós, porque esse álbum é mais clássico.

ANSA: Desde que venceram o Festival de Sanremo em 2015, vocês imaginavam fazer tanto sucesso?

Ignazio: Quem participa do Festival de Sanremo espera sempre vencer. É inútil falar que vai só para participar, porque quem vai, vai para vencer. Nós fomos esperando isso. E, depois que vencemos, foram belas emoções.

Gianluca: Desde quando você é criança, você vê as pessoas em Sanremo. Depois, você vê que quem ganhou o festival foi você. É como se você tivesse ganhado uma joia, vencido a Copa do Mundo de futebol. É a mesma sensação.

ANSA: O Il Volo já está produzindo um novo álbum?

Piero: Sim, mas não podemos dizer nada, porque será uma enorme surpresa. Será totalmente diferente.

ANSA: Em 2018, o Il Volo retorna ao Brasil?

Gianluca: Óbvio, porque um país que te acolhe de braços abertos, não se pode abdicar. O Brasil é uma das nossas prioridades.

Ignazio: É a segunda casa.

*Por Luciana Ribeiro