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Edição do Projeto Cultural Samba Zé terá edição em Bangu, no Rio, neste sábado

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No próximo sábado (22), a partir das 18h, tem mais uma edição do "Projeto Cultural Samba Zé", no Salão Nobre do Bangu Atlético Clube, que fica na Avenida Cônego de Vasconcelos , 549, em Bangu. As cabrochas Beatriz Lopes e Joyce Cascavel e o malandro Edu Silva se apresentam ao som da roda de samba de raiz que é comandada pelo Grupo Tom Carioca, formada por Daniel Pereira (Cavaco e voz), Diogo Keller (Banjo), Quito Gaspar (Violão 7 cordas), Marcelo Gaman (Pandeiro e voz), Lu (Percussão Geral), Raphael Assumpção (Reco e voz), Mell Rodrigues (Percussão Geral).

O Projeto Cultural Samba Zé visa o resgate da cultura da malandragem carioca, dos tempos de boemia, onde os malandros e as cabrochas tinham um estilo de se vestir e de viver próprios. Nosso público revive os tempos da inocência bucólica dos morros cariocas, ao som de muito samba de raiz com o Grupo Tom Carioca, que embala nosso espetáculo com repertório diverso, variando dos clássicos Cartola, Noel Rosa, Candeia, Nelson Cavaquinho, passando pelos precursores do pagode, como Beth Carvalho, Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Jovelina Perola Negra, D. Ivone Lara, chegando até a nova geração de compositores, com João Martins, Inácio Rios, Toninho Geraes, entre outros. A experiência se completa com a presença dos dançarinos do Elenco de Ouro que interpretam os malandros e cabrochas, proporcionando um show de samba no pé e uma total interação com o público. Contamos ainda conta com a parceria dos artesãos e expositores da Zona Oeste, o que fomenta a economia criativa local, além de incentivar a produção artística da área. Temos também o Bar SZ, onde preservamos a gastronomia típica dos botecos cariocas, com petiscos variados e muita cerveja gelada.

É um espetáculo temático de samba na Zona Oeste que propõe um retorno às noites da boemia carioca. As apresentações do nosso Elenco de Ouro, ao som do samba de raiz conduzido pelo Grupo Tom Carioca no Salão Nobre do Bangu Atlético Clube fazem com que o público se sinta em uma verdadeira gafieira do Rio antigo. Com ambiente familiar, aconchegante e seguro, o Samba Zé é reduto da boa e velha malandragem carioca na Zona Oeste, que chega para se reafirmar no tradicional Bairro de Bangu.

Os tempos eram outros! O estilo de vida do subúrbio e dos morros cariocas também eram outros, com seus pássaros assoviando, o cheiro do café e das comidas no fogão, as roupas estendidas no varal, os barracos e vielas, as pipas voando no céu, a cantoria das donas de casa, o reduto da melodia e da poesia criada pelos grandes mestres sambistas. Não se pensava em violência, a vida dos moradores transcorria em paz e, nas palavras de Herivelto Martins, “quem mora lá no morro / Já vive pertinho do céu”. O Samba Zé remete o seu público a este tempo antigo, de paz, de inocência, de alegria e de união.

Nasceu a partir uma homenagem à figura religiosa do malandro, e atualmente pretende ser um reduto de reconhecimento da arte e cultura da malandragem, representado pelo famoso malandro carioca, do samba no pé, da camisa listrada e sapato bicolor. O malandro, que é representado internacionalmente como símbolo da cidade do Rio de Janeiro, deve ser reconhecido, valorizado e respeitado.

A cultura da malandragem carioca, revelada através do samba, da capoeira e de todas as formas culturais advindas da cultura afro-brasileira, no passado também foi criminalizada e hoje é reconhecida como patrimônio nacional. O Samba Zé pretende contribuir para a divulgação da imagem do malandro que que sabe viver da melhor maneira, superando obstáculos, driblando as dificuldades e que não é um criminoso. Acreditamos no malandro galanteador, alegre, educado e respeitador, não naquele que pode proporcionar coisas ruins para quem esteja a sua volta. Por acreditarmos na bondade e no poder de superação da malandragem, um lema conduz o Projeto Cultural Samba Zé: “Malandro não é marginal. Malandro é cultura”.