ASSINE
search button

Verônica Sabino faz show nesta quinta-feira no Serrador, no Rio

Compartilhar

O que Maysa, Milton Nascimento, Bossa Nova e Jovem Guarda têm em comum? Foi pensando nisso que a cantora e compositora Verônica Sabino começou a preparar Esse meu olhar, seu segundo DVD, que chega às lojas pela dobradinha MPB Discos/Som Livre. “Esse projeto fala do que me norteia, do meu gosto pessoal, das minhas influências musicais independentemente do tempo”, define Verônica.

Esse meu olhar reúne um repertório de standards renovados em sons e sensibilidades, pela lente pessoal e contemporânea de Verônica. “Sou uma cantora vinculada ao meu tempo e à minha geração, com quem componho, gravo, convivo. Mas sinto uma grande identidade com esses artistas fundamentais que trouxeram a inovação, a quebra de valores, a ruptura de padrões estéticos em momentos preciosos. Esse amálgama musical sempre foi o meu esteio: é onde piso para olhar para o futuro”, pontua.

O repertório de Esse meu olhar passeia por Tom, Vinícius, Dolores Duran, Maysa, Carlos Lyra, Menescal e Ronaldo Bôscoli, Marcos e Paulo Sergio Valle, bolero, rock dos anos 60 e pitadas de Jovem Guarda. “Todas as décadas tiveram os seus momentos musicais importantes, mas para mim, a década de 60 foi fundamental. Eu morei em Londres quando criança, assisti “Help” no cinema. Morávamos perto da Abbey Road e me lembro de George Harrison atravessando a rua em frente à minha casa”.

Tomando os anos 60 como base, a seleção de Verônica faz um recorte no tempo e incorpora o que veio um pouco antes e o que viria logo depois, como no caso das canções que remetem às suas origens mineiras. “Garota de Ipanema” dialoga com “Garota Nacional”, do Skank, totalmente repaginadas numa surpreendente releitura, além de “Nada Será como antes”, clássico do Clube da Esquina, que tem Milton Nascimento em um dueto especial. “O Milton é para mim uma referência e ele aceitou o meu convite na hora, foi incrível. Tenho uma relação muito grande com Minas, na minha infância passava férias em uma fazenda, e achei que precisava desse perfume mineiro no roteiro. Afinal, tive o privilégio de ter um pai mineiríssimo, que mesmo depois de décadas de Rio de Janeiro, nunca perdeu o sotaque. Acho que sou a única carioca que fala ‘uai’”, brinca Verônica.

Para o show no Teatro Municipal Serrador, no Rio, nesta quinta-feira (19) às 19h30, Verônica Sabino estará acompanhada dos músicos Sergio Chiavazzolli (violão e guitarra) eAdalberto Miranda (baixo).