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Exposição mostra ideias e projetos do arquiteto Grandjean de Montigny

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Abrindo a agenda de exposições de 2017,  o MNBA/IBRAM/MINC inaugura no dia 13 de janeiro a mostra “Grandjean de Montigny e Rio de Janeiro no século XIX - Planos e projetos de um arquiteto francês para uma metrópole em construção”.  A data marca os 80 anos de criação do MNBA, em 1937, por Getulio Vargas.

No bojo de um aparelhamento administrativo para o Rio de Janeiro, que recebeu a família Real e a corte portuguesa  a partir de 1808, os traços do arquiteto francês Grandjean de Montigny desempenharam um papel relevante pelas transformações e adaptações produzidas na paisagem da cidade. 

Grandjean de Montigny (Paris, 1776- Rio de Janeiro, 1850) desembarcou por aqui em 1816,  integrando a Missão Artística Frances, chefiada por Joaquim Lebreton. Alguns de seus outros companheiros foram Nicolas Taunay, Debret, Pradier, Ferrez entre outros.

Com uma robusta formação, que incluía aulas na Academia de Arquitetura de Paris e estudos na Academia de França em Roma, além de muitas premiações, Montigny projetou obras que marcaram profundamente a arquitetura do Rio, como a Academia Imperial de Belas Artes (da qual o MNBA é herdeiro de boa parte do acervo), o prédio da Praça do Comércio, atual Casa França-Brasil, o Solar Grandjean de Montigny (na PUC-RJ), bem como diversos chafarizes, como os de Benfica, da rua São Clemente e o da Carioca, já demolido. 

Tendo em vista a expansão da cidade e a interligação entre áreas diversas da urbe, Grandjean de Montigny pensou a reordenação de algumas ruas do centro, a construção de palácios e do Senado do Império, e uma ligação do Passeio Público com bairros que começavam a surgir, como Botafogo e Laranjeiras.

Para as curadoras da mostra “Grandjean de Montigny e Rio de Janeiro no século XIX - Planos e projetos de um arquiteto francês para uma metrópole em construção”, Laura Abreu e Claudia Ribeiro, a ideia é fazer com que o visitante percorra um Rio de Janeiro do inicio do século 19, numa perspectiva de visão do mar para o verde das montanhas que emolduram a sua inesquecível paisagem. E também observar as transformações perpetradas numa cidade colonial que embalava seu crescimento por abrigar a sede do Império português, mudando para sempre a realidade pré-existente. 

A exposição exibe originais do acervo do MNBA e reprodução de obras da Biblioteca Nacional, Museu D. João VI (da EBA/UFRJ) e do Arquivo Nacional. O MNBA possui a maior coleção pública, com cerca de 240 obras, de Grandjean de Montigny.

A exposição fica aberta ao público até março, com visitas das 10h às 18h de terça a sexta, e das 13h às 18h aos sábado, domingo e feriado. Os ingressos custam R$ 8 a inteira, R$ 4 meia e ingresso família (para até quatro membros de uma mesma família) a R$ 8. A entrada é gratuita aos domingos. O Museu Nacional de Belas Artes fica na Avenida Rio Branco, 199, Cinelândia.