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Livro critica a sociedade pós-moderna e seus excessos com a tecnologia e a virtualidade

Obra aborda importância de sermos mais humanos e ‘menos’ máquinas

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Inspirado na reflexão do pensador polonês Zygmunt Bauman, de que nada é feito para durar, o escritor e professor de Literatura Marcelo Mourão apresenta uma crítica à sociedade atual em seu novo livro de poemas “Máquina Mundi”. Publicado pela Oficina Editores, a obra pretende mostrar que o mundo moderno é cheio de inquietações, angústias e dilemas, onde se pensa muito e se sente pouco.

 

Para o autor, o espirito do livro é falar da máquina do mundo e do mundo da máquina. “Falo também de outras máquinas que também têm seus problemas na atualidade: a máquina do sentimento, a do eu (ego freudiano), a máquina das interrogações (filosofia) e, claro, a máquina da poesia”.

Segundo Mourão seus versos abordam os limites da pós-modernidade e da virtualidade, onde a velocidade do deletar é mais rápida do que da compreensão. Com esse pensamento ele pretende fazer com que as pessoas pensem mais sobre a realidade contemporânea, “provocando” no leitor perplexidade, estranhamento, espantos, encantamento, doçura e também bom-humor.

- Desejo lançar um olhar para o mundo de hoje em que, como disse Charles Chaplin, na década de 40 do século passado, ‘mais do que de máquinas precisamos de mais humanidade’ - reforça.

Inspiração

Além da realidade que nos cerca, Mourão diz que muitos fatores serviram para a concepção do trabalho, como, por exemplo, a família, as experiências vividas, a psicologia freudiana e junguiana, a filosofia, a própria poesia e, claro, a estética pós-moderna. “Com este livro, quero me afirmar como um autêntico artista pós-moderno”.