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Funkeira Valesca lança e autografa biografia nesta segunda-feira, no Rio

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Ela era frentista e já foi funcionária em uma borracharia antes de atuar como dançarina de um grupo feminino de funk. Agora Valesca segue carreira solo e é autora da BestSeller. O lançamento de “Sou dessas: pronta para o combate” abriu a programação de autógrafos da Bienal do Livro de São Paulo e, na próxima segunda-feira (26), será lançado também no Rio de Janeiro, a partir das 19h, na Travessa do Shopping Leblon.

Com orelha de Suzana Vieira, “Sou dessas” é como uma conversa informal de Valesca com os fãs. O papo vai desde o seu passado e a relação com a mãe, descrita pela cantora como uma “verdadeira guerreira”, passando por reflexões sobre o feminismo, aborto, liberdade sexual e preconceito. Valesca diverte, emociona, faz pensar e provoca. Quando fala, por exemplo, das letras de funk conhecidas como proibidões, ela conta que ajudou muita mulher a se libertar de maridos opressores ou a ver que elas podem sim gostar de sexo e exigir respeito. A diva manda recados para os meninos, ao condenar a cultura do estupro e as cantadas abusivas nas ruas, mas também alerta as garotas para o cuidado com a gravidez precoce e as doenças sexualmente transmissíveis. Nos trechos mais engraçados, conta casos como o dia em que foi ao show da sua musa Beyoncé e ficou na fila, junto com os fãs, até entrar e ser levada pela produção da americana para um local VIP do evento. Ou do dia em que passou três horas num supermercado sendo confundida com atriz de novela e ex-BBB.     

“Sou dessas” é surpreendente para os leitores e leitoras que já são fãs e para aqueles que ainda não conhecem a história e os pensamentos de Valesca. Se você bater de frente, já sabe que é “tiro, porrada e bomba”. Mas, se quiser se divertir, saiba que ela é “dessas que gosta de zuar e, de vez em quando, gosta de aprontar” também. 

Valesca Reis Santos nasceu no Rio de Janeiro, no bairro do Irajá. Ao longo de sua trajetória, trabalhou como frentista e em uma borracharia, até que, em 2000, iniciou como vocalista do grupo Gaiola das Popozudas. Em 2013, lançou-se em carreira solo com a música Beijinho no ombro e explodiu nas paradas de sucesso, tornando-se uma das responsáveis por disseminar o funk no Brasil e no mundo. Outros de seus hits são Eu sou a diva que você quer copiar e Sou dessas. De origem humilde, Valesca quebrou várias barreiras sociais e venceu preconceitos, sendo hoje considerada a rainha do funk, musa LGBT, um dos ícones do feminismo e diva da música pop nacional.