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Confira os cinco prováveis favoritos ao Prêmio Nobel da Paz

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Restam 45 dias até a entrega do prêmio Nobel da Paz. O evento, que será realizado no dia 7 de outubro de 2016, poderá galardoar um (ou vários) dos 376 candidatos, entre os quais há 228 pessoas e 148 organizações.

Este número é um recorde para o prêmio, instituído em 1901 e já entregue a 129 laureados.

No site do comitê organizador há uma lista dos laureados mais populares. A lista é encabeçada por Martin Luther King, o lutador pela igualdade racial dos Estados Unidos. Ocupando a segunda posição, a defensora dos direitos humanos paquistanesa, Malala Yousufzai, que foi a sensação em 2014. Na lista, há também uma latino-americana, a guatemalteca Rigoberta Menchú Tum, ativista na luta pelos direitos dos povos indígenas.

O prêmio Nobel da Paz é um dos prêmios mais controversos da família das medalhas Nobel. Após o presidente norte-americano Barack Obama receber o prêmio, em 2009, surgiram duras críticas impulsionadas pelo comportamento geopolítico do governo norte-americano, talvez não muito pacífico.

Já em 2015, a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou ser merecedora de um prêmio Nobel.

Para entender melhor a situação em torno da premiação deste ano, a Sputnik International contatou Kristian Berg Harpviken, um dos diretores do Instituto de Pesquisa dos Problemas Mundiais.

Respondendo à pergunta sobre se que tais listas influenciam na opinião do júri, ele disse o seguinte:

"Definitivamente não. Nós somos completamente independentes e a lista é tão secreta como deve ser e é famosa por isso. Nós simplesmente damos alguns palpites sobre quem poderia ser favorito, baseando-nos na experiência que temos, sendo assim damos nossos palpites".

A lista mencionada (que até tem Donald Trump como um dos candidatos) está disponível no site do PRIO. No entanto, Harpviken comunicou à Sputnik que há cinco pessoas que se destacam na lista.

Edward Snowden

Esta candidatura é bastante inesperada. A inclusão do famoso whistleblower americano que se refugiou na Rússia após desvelar o sistema americano de espionagem foi motivada pelas suas advertências sobre os perigos da vigilância eletrônica no mundo. A divulgação destas advertências é perigosa para ele, que já é alvo de um caso de alta traição nos EUA. É perigoso até vir a Oslo para receber a medalha, se for condecorado: a Noruega também tem um mandato de prisão contra ele.

Ernest Moniz e Ali Akbar Salehi

O Secretário de Energia dos EUA, Ernest Moniz, e o chefe da Organização da Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Salehi, protagonizaram o acordo nuclear iraniano, dando fim a um embargo de muitos anos.

Juan Manuel Santos e Timoleón Jiménez

Estas personalidades, presidente da Colômbia e comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, assumem papeis protagonistas por terem assinado um instrumento que pôs, pelo menos formalmente, fim a mais de 50 anos de guerra civil no país latino-americano.

Thelma Adana, Aura Elena Farfán e Iván Velázquez

Ativistas guatemaltecos dos direitos humanos que mostraram ao mundo os pormenores da crise política enfrentada pela Guatemala no ano de 2015.

Jeanne Nacatche Banyere, Jeannette Kahindo Bindu e Dr. Denis Mukwege

Mama Jeanne, Mama Jeannette e dr. Mukwege: ativistas congoleses que combatem a violência sexual no seu país diariamente.