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Governo Federal cancela atrações culturais das Olimpíadas

Após troca de comando do MinC, nova gestão revê contratações

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A poucos dias da abertura dos Jogos Olímpicos, parte das atividades culturais programadas para ocorrer no Rio de Janeiro foram canceladas. Apenas as atrações sob responsabilidade da Prefeitura estão garantidas, como os shows na Zona Portuária.

A posse do presidente interino Michel Temer e, por sua vez, a troca de comando do Ministério da Cultura, que chegou a ser extinto nesse meio tempo, mas retornou, tumultuaram as negociações com produtores e diversas atrações foram canceladas. 

De acordo com o MinC, os artistas selecionados por meio de editais estão assegurados, mas os projetos contratados sem licitação passam por adequação e estão sendo revistos. O ministério alega se basear no princípio da eficiência administrativa para revisar os acordos. 

As autoridades do Ministério da Cultura informam que havia casos de artistas estrangeiros que iriam receber mais de R$ 500 mil para realização de um único projeto. A antiga gestão, comandada por Juca Ferreira, informa que as verbas estavam garantidas, o cronograma de contratações estava em dia e todas as informações foram apresentadas em relatórios.

Diversos artistas tiveram prejuízos após o cancelamento de suas apresentações. Entre eles, o artista Alexis Anastasiou, que realizaria projeções no Pão de Açúcar. Ele promoveria o encontro mitológico entre Poseidon e Iemanjá por meio de um show de luzes na Baía de Guanabara. Ele foi informado do cancelamento há duas semanas, após ter gastado mais de R$ 120 mil em equipamentos, passagens e aluguel de apartamentos para sua equipe na cidade.