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‘Pois era noite de São João’... no Beco das Sardinhas

Região Portuária celebra tradições populares caipiras em quatro arraiás nos domingos de junho

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As festas juninas são uma tradição no Rio e no Morro da Conceição. Nos anos 1970, a participação popular local era a maior da cidade, conforme registro do Jornal do Brasil de 1974. Alguns moradores ainda fazem os arraiás por lá, mas bem menores, na pracinha da Jogo da Bola.

A ideia do evento  ‘Pois era noite de São João’ é reviver esse clima, nos pés do Morro: nos dias 5, 12, 19 e 26 de junho, das 10h às 22h, no Beco das Sardinhas, reunindo a tradição e o passado da Região Portuária, com brincadeiras, comidas típicas de cozinheiras locais, quadrilhas e trios de forró com a galera da gastronomia e da cerveja especial.

Confira a programação musical:

5 de junho: ‘Arraiá da Rua Larga de São Joaquim’ com Forró de Rabeca, DJ Jada e DJ Araripe

No início, os bailes de forró (que tem uma grande influência de danças medievais europeias), eram tocados na rabeca e na viola caipira, tempos depois chegaram a sanfona de oito baixos e o acordeom. Nas festas de interior, ritmos como o coco, xote, baião eram tocados e dançados para celebrar aniversários, casamentos e dias santos. Instrumentos como pandeiro, triangulo, melê e agogô acompanhavam a melodia cantada pela rabeca.

A atração do primeiro dia do evento, no 'Arraiá da Rua Larga de São Joaquim' é o Forró de Rabeca! E, para melhorar, o DJ Jada e o DJ Araripe vão abrir o nosso arraiá com muito forró, moda de viola, xote e caipira direto dos vinis!

12 de junho: ‘Arraiá do Largo de Santa Rita’ com Forró di Muié e DJ Doni

O DJ Doni (Bailão do Castelo e Noites Tropicais) é morador do Morro da Conceição e comandará a vitrola no segundo domingo do Pois era noite de São João. Logo depois, o Forró di Muié traz no nome e no trabalho a força do feminino, num repertório dançante colhido dentro das mais diversas raízes: sambas, sembas, cirandas, brasilidades e latinidades, que se juntam e se transformam nos tradicionais xotes, baiões, cocos, e rastapés do baile de forró.

19 de junho: ‘Arraiá da Rua da Valinha’ com Trio Pimenteira e DJ Tata Ogan

A DJ Tata Ogan já discotecou nos lançamentos de discos de artistas como Milton Nascimento, Céu, Criolo, Otto, BNegão, Lenine e bandas como Nação Zumbi e Pedro Luís e A Parede. Mas no dia 19 de junho ela vai é discotecar pra gente com o melhor da música caipira no "Pois era noite de São João". Logo depois, o Trio Pimenteira virá com um repertório ardente, com Luiz Gonzaga, Marinês, Dominguinhos, Genário e por aí vai.

26 de junho: ‘Arraiá do pé do Morro do Padre Salsa’ com Zezinho do Acordeon e Quermesse

O último dia do 'Pois era noite de São João' no Beco das Sardinhas será mais que especial!

Nascida no Morro da Conceição, a Quermesse começou ocupando a bela ladeira João Homem em dezembro de 2013, com muita música e degustação de incríveis quitutes. As ações do coletivo se expandiram no decorrer desse trajeto e hoje têm a rua Jogo da Bola, também no Morro da Conceição, como foco principal de suas ações. A Quermesse se organiza em 3 braços: Ateliê Cozinha, Ateliê Sonoro e Ateliê Visual. Cada 'ateliê' é responsável por um dos espaços de criação onde a Quermesse atua. O coletivo realiza um evento bimestral no Morro da Conceição, no último domingo do mês, quando promove um evento que integra gastronomia, música e artes visuais. Mas, em junho, eles se juntam a nós e esse evento vai ser lá no Beco das Sardinhas!

Para encerrar com chave de ouro, convidamos o Zezinho do Acordeon e os Maiorais do Forró, com seus trinta anos de muito forró tradicional (já gravaram disco com Coroné Narcizinho ou Matuto do Piauí, um dos mais originais poetas nordestinos). Eles prometem um show com Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Nando Cordel, Marinês, Jackson do Pandeiro... Parece que o Beco das Sardinhas vai virar Sertão!

E nos quatro domingos vai rolar:

Roda de Coco do Tambor de Cumba

O coco é uma dança tradicional do Norte/Nordeste surgida na união da cultura negra com os povos indígenas, provavelmente nos quilombos, a partir do ritmo originado da quebra dos cocos. Com a sua dança e música, tornou-se um modo encantado de transmissão e manutenção das tradições populares.

O Tambor de Cumba, grupo de cultura afro-brasileira residente na Região Portuária, comandado por Ana Catão, vai mostrar pra gente que festa junina não é só forró.

Brassagem da Acerva Carioca

Na Idade Média, nas conhecidas feiras medievais (que também deram origem aos nossos arraiás, na mistura de tradições), era comum a fabricação de cervejas caseiras, principalmente por mulheres, opção mais artesanal diante das produzidas - quase que profissionalmente - por monges em seus mosteiros.

E como a gente gosta de cerveja e festa junina, veio o desejo de reproduzir um pouco dessa época, realizando brassagens gratuitas durante o ‘Pois era noite de São João’. E a Acerva Carioca vai realizar o nosso desejo!

A associação de cervejeiros caseiros, que objetiva incentivar o desenvolvimento da cultura da cerveja artesanal, no Rio de Janeiro e em todo o Brasil, promoverá encontros, palestras, cursos, concursos e degustações das mais variadas cervejas, em grande parte produzidas pelos próprios associados.

Serviço: ‘Pois era noite de São João’

Data: 5, 12, 19 e 26 de junho, domingos, das 10h às 22h

Local: Beco das Sardinhas - aos pés do Morro da Conceição (Morro do Padre Salsa), entre a avenida Marechal Floriano (rua Larga de São Joaquim), a rua do Acre (rua da Valinha) e o Largo de Santa Rita

Entrada franca